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Além de professora, atuou como jornalista e escritora, destacando-se pela coragem de expressar suas ideias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão.
Antonieta participou ativamente da vida cultural de seu estado. Fundou e dirigiu o jornal A Semana entre os anos de 1922 e 1927. Neste período, por meio de suas crônicas, veiculava suas ideias, principalmente aquelas ligadas às questões da educação, dos desmandos políticos, da condição feminina e do preconceito.
Dirigiu também a revista quinzenal Vida Ilhoa, em 1930, e escreveu artigos para jornais locais. Com o pseudônimo de Maria da Ilha, escreveu em 1937 o livro Farrapos de Ideias. Foi por intermédio dele que Antonieta enveredou pelos caminhos da política. Trocava correspondências com a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino e sua fundadora, Bertha Lutz. Fez parte do Conselho Deliberativo da Associação Catarinense de Imprensa, a partir de 1938.
Segundo a pesquisador Luciana Fontão, a literatura de Antonieta "apresenta textos com características temáticas calcadas na crítica social, tendendo ao proselitismo provinciano de caráter urbano e marcado por uma linguagem com forte apelo didático e religioso, no culto aos valores humanísticos e cristãos. Ela representa a resistência da escrita feminina e a presença da mulher escritora na literatura produzida na Ilha de Santa Catarina”