A roceira
Minha mãe nasceu na roça,
E eu criei-me na palhoça,
Eu sou filha do sertão;
Sou delgada e sou faceira,
Como o leque da palmeira,
Como o ramo do chorão. [...]
Eu vagueio pelos campos,
Semelhante aos pirilampos,
As mariposas azuis...
Sei cantar... e canto e choro...
Sei bordar com fios d’ouro
Sei rezar na minha cruz.
Eu sei tudo quanto quero!
Sou esbelta, sou faceira,
Como a rama do chorão...
Minha mãe nasceu na roça,
Eu criei-me na palhoça,
Eu sou filha do sertão!
A quem amo? Não o digo;
Fique o segredo comigo,
Guardado no coração!
Amo os valos... amo a roça...
Eu criei-me na palhoça
Eu sou filha do sertão!
NETO, Simões Lopes. A roceira. Disponível em: . Acesso em: 2 out. 2020. Fragmento. (P100968I7_SUP)
(P100972I7) A linguagem que predomina nesse texto é comumente usada em
a)bate-papos virtuais.
b)entrevistas de emprego.
c)jogos de futebol.
d)reuniões de família.
e)sarais literários.
Respostas
Resposta:
e)sarais literários.
Explicação:
O saraus se caracterizam como eventos musicais ou literários que aconteciam em casas particulares de pessoas que se reuniam com o intuito de promover a integração social e cultural de um determinado grupo. Na Idade Média, os saraus eram os momentos em que se apresentavam cantores e trovadores.
A linguagem predominante no poema "A Roceira" é comumente usada em sarais literários. Alternativa E.
Um sarau literário é um evento de cunho artístico, visto que diversas pessoas se encontram para exibir suas criações artísticas, seja pela poesia, teatro, dança, música, etc.
Em bate-papo virtuais, jogos de futebol e reuniões de família costumamos usar a linguagem coloquial, sem nos atentarmos muito às regras da gramática e sem fazer rimas.