Com licença, senhor – disse ele, tocando a testa, onde se espalhavam mechas de cabelo. – O cabriolé está esperando lá embaixo. [...] – Muito bem, muito bem – disse Holmes rindo. – O cocheiro poderá ajudar-me com a minha bagagem. Peça a ele que suba, Wiggins. Fiquei surpreso ao ouvir meu companheiro falar como se estivesse prestes a viajar, porque não comentara nada comigo a esse respeito. Havia uma pequena mala à vista. Ele a pegou e começou a afivelar-lhe as correias. Estava ocupado nisso quando o cocheiro entrou. – Dê-me uma ajuda com essa fivela, cocheiro – disse, ficando de joelhos sobre a maleta e sem ao menos virar a cabeça. O homem aproximou-se, com ar um tanto aborrecido e desafiador. Estendeu as mãos para ajudar Holmes. No mesmo instante soou um estalido seco, um entrechoque metálico e Sherlock Holmes ficou rapidamente de pé. – Senhores! – exclamou, com os olhos brilhantes. – Quero apresentar-lhes o sr. Jefferson Hope, o assassino de Enoch Drebber e de Joseph Stangerson! Toda a cena levara apenas um instante – havia sido tão rápida que eu nem chegara a entender direito o que acontecia. Tenho uma viva recordação daquele momento, da expressão triunfante de Holmes e da euforia de sua voz, e também do rosto atônito e feroz do cocheiro, ao fitar as algemas cintilantes que apareceram em seus pulsos como que por encanto. [...] DOYLE, Arthur Conan. Um estudo em vermelho. In: Sherlock Holmes: obra completa. v. 1. p. 71-72. Tradução de Louisa Ibañez; Branca de Villa-Flor; Edna Jansen de Mello. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2016. Vocabulário Cabriolé: carruagem pequena, leve e rápida, de duas rodas, capota móvel, e movida por apenas um cavalo. Sherlock Holmes é um dos detetives mais conhecidos das narrativas policiais. Em Um estudo em vermelho, Watson, médico amigo de Holmes, narra um caso desvendado no passado. No trecho, o fato de o narrador-personagem ocultar seu conhecimento sobre a identidade do assassino contribui para a
A crítica aos métodos usados por Sherlock.
B elaboração do raciocínio do detetive.
C percepção do ponto de vista do acusado.
D previsão das ações do investigador.
E valorização da sensação de surpresa.
Respostas
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7
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eu coloquei E, pq é a que mais faz sentido
Explicação:
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18
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Acredito que seja a: E
Como o personagem narrador esconde seu conhecimento sobre a identidade do assassino, isso ajuda as pessoas a entenderem a sensação de surpresa.
Ou seja: E= valorização da sensação de surpresa.
Espero ter ajudado! (:
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