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Resposta:
Salvador. Salvador foi fundada em 1549 e foi a primeira cidade planejada do país. O planejamento foi feito pensando-se na função da cidade como capital do país. O projeto ficou por conta do arquiteto Luís Dias.
Explicação passo-a-passo:
espero que ajude
SALVADOR – 1549
A cidade que foi nossa primeira capital, no período colonial, é considerada uma cidade planejada. Fundada em 1549, o projeto é do arquiteto Luís Dias. De acordo com Antônio Risério no livro A Cidade no Brasil, “Salvador foi inteiramente definida e desenhada em prancheta lisboeta, em ‘traços e amostras’ cuja execução, confiada ao arquiteto Luís Dias, deveria ser rigorosamente cumprida”. A atual capital do Estado da Bahia viria a ser a sede do governo Geral do Brasil e para isso teria a função de cidade-fortaleza. Para Edison Carneiro, em A Cidade de Salvador, 1549: uma Reconstituição Histórica, sem qualquer hesitação era “uma Brasília do século XVI”.
Uma característica importante do planejamento de Salvador foi a concepção racional e geométrica. Apesar do terreno irregular, para incluir um traçado geométrico foi adotado o princípio de adaptação ao sítio, de Vitrúvio. “A Cidade da Bahia, fruto do geometrismo do urbanismo colonial lusitano. Foi de fato concebida no âmbito maior do pensamento renascentista, sob o signo da Antiguidade greco-romana encarnada na figura de Vitrúvio”, segundo Risério.
Portanto, Salvador foi planejada já pensando em sua importante função administrativa e militar e para ser o centro do Império português no Novo Mundo. A cidade carregou essa importância pelos 200 anos seguintes.
BRASÍLIA – 1961
Quase duas décadas após Goiânia, foi também no Centro-Oeste brasileiro que se deu a nossa mais icônica experiência em cidade planejada: Brasília, a capital federal. Mas para chegarmos até 1961, quando a nova capital interiorana foi enfim inaugurada, será preciso voltar um pouco mais no tempo. Desde a época da Colônia já havia planos de construir uma capital do país longe do Oceano Atlântico. O Primeiro-Ministro português Marques de Pombal, em 1761, falava na construção de uma “Nova Lisboa” no Planalto Central.
Com o Brasil independente, em 1823, José Bonifácio nomeou a futura capital do país de “Brasília”. A primeira Constituição Republicana, a de 1891, demarcava uma área no Estado de Goiás para a construção da nova capital. Em 1893, uma expedição chamada “Missão Cruls” foi enviada ao local, onde hoje está o Distrito Federal. O objetivo era estudar a topografia, a fauna e a flora da região.
Os motivos para uma capital no interior são dos mais diversos: defesa contra ataques marítimos, afastamento do “povo” e de protestos ou o de levar o desenvolvimento para o centro do país. Mas naquele momento, tudo ia muito além disso. Brasília demarcava a expressão política de um país o qual se dispunha a crescer cinquenta anos em cinco. Do moderno, do concreto armado, da estrutura metálica, do racional, de uma nova era.
Brasília proveio do encontro de três personagens: o presidente Juscelino Kubitschek, o urbanista Lúcio Costa e o arquiteto Oscar Niemeyer.
Após concurso para escolha do projeto, o plano piloto do arquiteto e urbanista Lúcio Costa é aprovado. Com fortes influências de Le Corbusier e inspirado na carta de Atenas, tendo Oscar Niemeyer sido encarregado do projeto dos prédios públicos, deram inicio a maior epopeia brasileira de todos os tempos. Lucio Costa criou um plano piloto que faz referência a Cruz e que popularmente lembra um avião.
Para Antônio Risério em A Cidade no Brasil, foi do encontro dessas três personalidades que nasceu Brasília. “Juscelino e a vontade de construir a nova capital. Lúcio e a criação da cidade como entidade urbana. Niemeyer projetando os prédios definidos pelo urbanista”.
Brasília é uma cidade complexa, organizada sob um Eixo Monumental o qual iria conter a sede do governo e todos os edifícios governamentais. E mais duas “asas” (Asa Norte e Asa Sul) as quais abrigariam a população.