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O prédio foi ampliado muitas vezes, até formar o atual Palácio do Louvre. Em 1682, Luís XIV escolheu o Palácio de Versalhes como sua residência, deixando o Louvre principalmente como um lugar para exibir a coleção real, incluindo, a partir de 1692, uma coleção de esculturas antiga grega e romana.[4] Em 1692, o edifício foi ocupado pela Académie des Inscriptions et Belles-Lettres e pela Academia Real de Pintura e Escultura. A Académie permaneceu no Louvre por 100 anos.[5] Durante a Revolução Francesa, a Assembleia Nacional Constituinte decretou que o Louvre deveria ser usado como um museu para exibir as obras-primas da nação.
O museu foi inaugurado em 10 de agosto de 1793 com uma exposição de 537 pinturas, sendo a maioria das obras da realeza ou de propriedades confiscadas da igreja. Por causa de problemas estruturais com a construção, o museu foi fechado em 1796 até 1801. A coleção foi aumentada sob o governo de Napoleão e o museu foi renomeado pelo "Museu Napoleão", mas, após a sua abdicação, muitas obras apreendidas por seus exércitos napoleônicos foram devolvidas aos seus proprietários originais. A coleção foi aumentada ainda mais durante os reinados de Luís XVIII e Carlos X e, durante o Segundo Império Francês, o museu ganhou 20 mil peças. As participações cresceram constantemente através de doações e legados desde a Terceira República. A coleção é dividida entre oito departamentos curadores: antiguidades egípcias; antiguidades do Oriente Médio; antiguidades gregas, etruscas e romanas; arte islâmica; escultura; artes decorativas; pinturas; impressões e desenhos.
RESUMINDO:O primeiro palácio real neste local foi fundado por Filipe II em 1190, como uma fortaleza para defender Paris a oeste contra os ataques dos viquingues. No século seguinte, Carlos V transformou-o num palácio, mas Francisco I e Henrique II demoliram-no para construir um palácio real; as fundações da torre original da fortaleza estão sob a Salle des Cariatides (Sala das Cariátides) agora. Mais tarde, reis como Luís XIII e Luís XIV também dariam contribuições notáveis para a feição do atual Palácio do Louvre, com a ampliação do Cour Carré ("Quadrilátero") e a criação da colunata de Perrault.[6]
As transformações nunca cessaram na sua história, e a antiga fortaleza militar medieval acabaria por se tornar um colossal complexo de prédios, hoje devotados inteiramente à cultura. Dentre as mais recentes e significativas mudanças, desde o lançamento do projeto "Grand Louvre" pelo presidente François Mitterrand, estão a transferência para outros locais de órgãos do governo que ainda funcionavam na ala norte, abrindo grandes espaços novos para exposição, e a construção da controversa pirâmide de vidro desenhada pelo arquiteto chinês I. M. Pei no centro do pátio do palácio, por onde se faz agora o acesso principal. O museu reorganizado reabriu em 1989.[6]
O Palácio do Louvre foi a sede do governo monárquico francês desde a época dos Capetos medievais até o reinado de Luís XIV. A transformação do complexo de edifícios em museu iniciou em 1692, quando Luís XIV ordenou a criação de uma galeria de esculturas antigas na Sala das Cariátides. No mesmo ano, o palácio, então desabitado, tendo a corte se transferido para Versalhes, recebeu a Academia Francesa, e logo a Academia Real de Arquitetura, a Academia Real de Música e a Academia Real de Pintura e Escultura também ali se instalaram. No prédio, também aconteceram, a partir de 1699, os tradicionais salões de arte promovidos pela Academia de Pintura e Escultura, que atraíam multidões. De início organizados na Grande Galeria, os salões, de 1725 em diante, passaram a acontecer do Salão Quadrado (Salon Carré), de onde derivou o nome destas exposições - Salão.[7]
Por outro lado, entre 1750 e 1785, espaços no Palácio de Luxemburgo foram reservados para exibição de obras-primas selecionadas das coleções reais, numa exposição que teve grande sucesso. Em vista disso, o Marquês de Marigny, Superintendente Geral dos Edifícios do Rei, e seu sucessor, o Conde de Angivillier, desenvolveram a ideia de tornar o Louvre um museu permanente.[8] O projeto se transformou em lei em 6 de maio de 1791, quando a Assembleia Revolucionária decretou que o palácio deveria ser um repositório de todos os monumentos das ciências e das artes.[7]