• Matéria: Ed. Física
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  • Perguntado 5 anos atrás

3 -O movimento inédito: o “duplo twist carpado” , foi criado por qual atleta? ​

Respostas

respondido por: bernardocarazolli
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Resposta:

Daiane dos Santos

O duplo twist carpado, que fez de Daiane dos Santos, 20, a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro em Mundiais, nasceu com os dias contados.

Explicação:

Mesmo antes de ver sua criação fazer história e, em seguida, dizer que ela estava ultrapassada, o técnico ucraniano Oleg Ostapenko já preparava sua pupila para radicalizar ainda mais o movimento.

A atleta gaúcha já executa com relativa facilidade o duplo twist esticado. Com o novo salto, ela pretende mais uma vez encantar o mundo e buscar outro feito inédito: a primeira medalha de uma ginasta brasileira em Olimpíadas.

"Antes do Mundial [disputado em agosto, nos EUA] o Oleg já havia dito que eu faria esse salto, mas só comecei a treinar depois da medalha", contou a ginasta.

Quando executava o "Dos Santos" -nome adotado pela Federação Internacional de Ginástica para o duplo twist-, Daiane, do alto de seu 1,44 m, fazia um mortal duplo com as pernas esticadas, o quadril flexionado e as mãos na altura dos joelhos.

No novo movimento, o corpo ficará completamente estendido. Como na primeira versão, é um salto "Super E": possui grau máximo de dificuldade.

"O grau de dificuldade é muito maior. Nunca vi nenhuma mulher saltar assim, talvez só alguns homens o façam", afirmou Eliane Martins, dirigente do Comitê Técnico da confederação brasileira.

Daiane só vai começar a executar o salto no ano que vem. Antes da Olimpíada de 2004, pode tentar fazê-lo em alguns torneios.

"O objetivo mesmo é Atenas. O Oleg está preparando a Daiane desde antes do Mundial. Ele pensa sempre à frente. Sabe que detalhes podem fazer diferença."

A ginasta ainda não executa o duplo twist esticado fora do fosso -um buraco com colchões de espuma-, para evitar acidentes e contusões, mas tem obtido êxito em quase todas as tentativas.

"Hoje [ontem] eu consegui de primeira", contou ela, referindo-se à gravação de uma reportagem para a TV. "Demorei entre um mês e um mês e meio para fazer direito. Antes, caí muitas vezes."

Por causa da dificuldade que ainda tem, a ginasta não levará o novo movimento na bagagem para a Alemanha. Na terça-feira, ela embarca para a disputa de uma etapa da Copa do Mundo.

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