• Matéria: Filosofia
  • Autor: dudafsk
  • Perguntado 5 anos atrás

A Filosofia como um processo de transformação.

Respostas

respondido por: gustavo121013
2

Resposta:

Unidos tem sido motivo de discussões há muito tempo. Talvez a aproximação mais controvérsia entre os dois países tenha sido durante o período pré-golpe militar no Brasil, em que os Estados Unidos criaram planos ambiciosos de contenção do avanço comunista na América Latina e é apontado como maior apoiador das ditaduras militares no continente na época.

A historiografia aponta os Estados Unidos como um ator fundamental na desestabilização do governo de João Goulart e, por conseguinte, na perpetuação do golpe militar brasileiro. Justamente tentando entender como se deu esse processo de desestabilização do governo Goulart que nasceu a pesquisa Relações econômicas entre Brasil e EUA no contexto da aliança para o progresso, do professor Felipe Pereira Loureiro, do Instituto de Relações Internacionais da USP.

Aliança para o Progresso

Em 1961, no auge da Guerra Fria, o então presidente norte-americano, John F. Kennedy, lançou o programa Aliança para o Progresso, que visava levar desenvolvimento econômico para os países da América Latina e, por consequência, conter o avanço dos ideais comunistas nesses locais.

Inicialmente, o governo americano se propôs a destinar cerca de US$ 10 bilhões à América Latina. Porém, poderia chegar a US$ 20 bilhões com investimento privado. Para fins de comparação: o Plano Marshall, que foi um projeto de ajuda econômica à Europa no pós Segunda Guerra, destinou US$ 13 bilhões.

Contudo, para receber esse apoio norte-americano, era necessário cumprir alguns requisitos, tais como: ser um governo democrático, realizar reformas tributárias progressistas, agrária, política, educacional, entre outros. “Não era apenas um programa de ajuda econômica, mas um programa que se queria condicionar uma transformação substancial da situação econômica e social latino-americana e ao mesmo tempo fortalecendo instituições democráticas. Claramente uma resposta à Revolução Cubana”, afirma Loureiro.

Governos Quadros e Goulart

A principal percepção da pesquisa é a diferença na postura dos Estados Unidos frente ao governo de Jânio Quadros e João Goulart (popularmente conhecido como Jango).

Durante o governo de Jânio, os americanos tiveram uma posição muito mais compreensiva e flexível. O maior exemplo, apresentado na conclusão da pesquisa, está nas tentativas norte-americanas de fazer o FMI (Fundo Monetário Internacional) ter regras mais brandas ao emprestar dinheiro para o Brasil.

Já no governo Goulart isso muda radicalmente. Vale lembrar que Jango não era tão bem visto pelas elites econômicas da época, principalmente porque possuía boas relações com o movimento sindical e era considerado um político mais alinhado à esquerda. Por esse motivo, após a renúncia de Jânio Quadros, Goulart assumiu a presidência com poderes reduzidos. A partir desse momento, os Estados Unidos também mudam suas regras para o programa Aliança para o Progresso e começa a condicionar os empréstimos segundo os critérios do FMI, o que dificulta muito a política econômica brasileira.

Um dos motivos apresentados pela pesquisa para essa disparidade de tratamento entre os dois governos brasileiros é justamente o contato mais próximo que Goulart tinha com setores da esquerda. Porém, Loureiro enfatiza que isso não significava que os EUA viam João Goulart como um comunista, mas, sim, que seu governo poderia abrir brechas para que movimentos comunistas se instalassem no país.

EUA e o golpe de 64

Um importante resultado da pesquisa é que, diferentemente do que comumente

Perguntas similares