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O mito surgiu como narrativas de povos gregos antigos para explicar fenômenos da natureza que não podiam compreender. Era e é geralmente utilizado para explicar a origem de acontecimentos. Já a filosofia é o estudo e reflexão de questões relacionadas à existência humana.
EXEMPLOS
Édipo Rei
Na lenda grega, Édipo, filho de Laio e Jocasta, era o rei de Tebas, a cidade que fora assolada por uma peste. Ao consultar o oráculo de Delfos, Édipo descobriu algo trágico sobre sua vida: ele foi amaldiçoado pelos deuses. Ele estava destinado a casar com sua mãe, com quem teve dois filhos e duas filhas, e a matar seu pai, o rei que governava a cidade antes de Édipo. Após saber a verdade, sua mãe-mulher se enforcou e Édipo, envergonhado de seus atos, perfurou os próprios olhos. Tudo começou quando seu pai teve um filho com Jocasta. Um dos oráculos já lhe tinha avisado sobre seu destino trágico: ser morto por seu próprio filho. Depois do nascimento da criança, Laio se arrepende. Pede para um de seus servos abandonar o bebê no Monte Citerão (entre Tebas e Corinto) com os pés amarrados numa árvore. Entretanto, ele fora encontrado por um pastor e acabou sobrevivendo, sendo adotado pelo rei de Corinto Pólibo, que o considerou seu próprio filho. Já adulto, Édipo decide abandonar Corinto e ir à Tebas consultar o oráculo que o revela sobre sua maldição: matar seu pai e casar com sua mãe. Desconsolado com a revelação, segue em direção a cidade e no meio de sua jornada, acaba matando seu pai por uma discussão que tiveram numa encruzilhada. Além disso, encontra a Esfinge na porta da cidade de Tebas, ser mitológico metade leão e metade mulher. A Esfinge, aterrorizava grande parte do povo tebano com seus enigmas, posto que quem não adivinhasse era devorado por ela. Todavia, Édipo acerta a pergunta feita por ela, e por fim, ela acaba se matando. Esse fato que o tornou um herói e assim, foi eleito o novo Rei de Tebas. O enigma proposto pela esfinge foi: "Qual é o animal que de manhã tem quatro pés, dois ao meio dia e três à tarde?" Sem hesitar, Édipo responde que essa figura é o homem. Isso porque na infância engatinha, na idade adulta anda ereto com os dois pés, e na velhice necessita da bengala (o terceiro pé) para se apoiar.
O mito da caverna
Platão descreve que alguns homens, desde a infância, geração após geração, se encontram aprisionados em uma caverna. Nesse lugar, não conseguem se mover em virtude das correntes que os mantém imobilizados. Virados de costas para a entrada da caverna, veem apenas o seu fundo. Atrás deles há uma parede pequena, onde uma fogueira permanece acesa. Por ali passam homens transportando coisas, mas como a parede oculta o corpo dos homens, tudo o que os prisioneiros conseguem ver são as sombras desses objetos transportados. Essas sombras projetadas no fundo da caverna são compreendidas pelos prisioneiros como sendo todo o que existe no mundo. Certo dia, um dos prisioneiros consegue se libertar das correntes que o aprisionava. Com muita dificuldade, ele busca a saída da caverna. No entanto, a luz da fogueira, bem como a do exterior da caverna, agridem os seus olhos, já que ele nunca tinha visto a luz. O ex-prisioneiro pensa em desistir e retornar ao conforto da prisão a qual estava acostumado, mas gradualmente consegue observar e admirar o mundo exterior à caverna. Entretanto, tomado de compaixão pelos companheiros de aprisionamento, ele decide enfrentar o caminho de volta à caverna com o objetivo de libertar os outros e mostrar-lhes a verdade. No diálogo, Sócrates propõe que Glauco, seu interlocutor, imagine o que ocorreria com esse homem, em seu regresso. Glauco responde que os outros, acostumados à escuridão, não acreditariam no seu testemunho e que aquele que se libertou teria dificuldades em comunicar tudo o que tinha visto. Por fim, era possível que o matassem sob a alegação de perda da consciência ou loucura.
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