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Resposta:esta ai ok
Explicação:
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INTRODUÇÃO
A Educação Física Escolar brasileira
passou por uma série de mudanças de ex-
trema relevância ao longo de sua história,
mas foi, principalmente, a partir da década
de 1980 e mais efetivamente na década de
1990, com a criação da nova Lei de Dire-
trizes e Base (LDB) e, posteriormente, dos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)
que se abriram os horizontes para que no-
vas propostas curriculares pudessem surgir,
tanto nos Estados quanto nos Municípios.
Os temas/conteúdos propostos
pelos PCN e reforçados nas Orientações
Curriculares do Município do Rio de Janei-
ro, este último elaborado no ano de 2009,
sugerem cinco temas/conteúdos a serem
ministrados: o jogo, a dança, a luta, o es-
porte e os movimentos gímnicos. Embora
os esportes de aventura sejam classificados
como pertencentes à categoria dos esportes,
A Secretaria Municipal de Esporte do Rio de
Janeiro (2009) sinaliza que no esporte, o que
sobressai é a competição, sendo condição
básica para que este se desenvolva, afirma-
ção que aparece de forma inconsistente,
ao ser relacionada com as sugestões que o
próprio documento aponta para cada ano do
Ensino Fundamental. No 7º ano do Ensino
Fundamental, por exemplo, o documento
sugere o tratamento da história da prática
esportiva abordada e a realização de análise
crítica sobre o movimento esportivo histo-
ricamente construído. Para o 9º apresenta
sugestões de reflexão e análise crítica sobre
o esporte performance e o padrão corporal
definidor das modalidades esportivas.
Isso mostra que, apesar de apre-
sentar o esporte como um tema/conteúdo
predominantemente competitivo, as Orien-
tações Curriculares entendem que o esporte
pode ser abordado de outra forma na
Educação Física escolar, podendo ser uma
das ferramentas utilizada para estimular a
reflexão e autonomia dos alunos.
O esporte mostra-se como conteúdo
mais frequente nas aulas de Educação Física,
principalmente na segunda metade do Ensi-
no Fundamental(OLIVEIRA, 2004; PEREIRA,
2011; CARBINATTO, 2011; PEREIRA e
ARMBRUST, 2010).
A postura insistente na esportiviza-
ção parece estar na dificuldade encontrada
pelos profissionais da Educação Física es-
colar em romper com antigos paradigmas,
sair da zona de conforto, principalmente
para os professores que estão no mercado
de trabalho há muito tempo. A maioria
destes professores, geralmente, tendem a
seguir os mesmos modelos apreendido sem
sua formação escolar e acadêmica, muito
influenciada pelo paradigma esportivista,
que foi engendrado a partir da década de
1970, e que passou a ser questionado, prin-
cipalmente, por acadêmicos que realizaram
pesquisas de pós-graduação fora do país,
tendo como fundamentação os estudos
realizados nas áreas da sociologia e filosofia
da educação (BRACHT, 1999).
Vale citar que alguns eventos esco-
lares, como os jogos estudantis, nas esferas
Municipal, Estadual e Nacional, ainda
usam, unicamente, o modelo do esporte
competitivo. Não cabe a Educação Física
escolar a função de escolher e priorizar o
“mais rápido”, “mais forte” ou “o mais ha-
bilidoso” numa modalidade esportiva. Esse
é um método equivocado, excludente, que
deve dar lugar a um tratamento pedagógico
dos conteúdos, buscando a formação de um
cidadão crítico-refletivo.
O Parkour é um esporte de aventura
relativamente novo, que começou a ser