Leia o texto abaixo.
Competição entre robôs e humanos afetará salários', diz economista
O pesquisador dos efeitos do avanço da inteligência artificial sobre economia, educação e mercado de trabalho está no Brasil, onde afirma que uma forma de contornar o impacto negativo na renda seria que os trabalhadores também fossem donos das máquinas.
P1018Q7SP
Richard Freeman, economista e professor da Universidade Harvard
PUBLICADO EM 14/11/17 - 03h00
SÃO PAULO. A competição entre seres humanos e robôs por empregos qualificados e bem remunerados já começou e deverá se acirrar no futuro. Como as máquinas serão mais produtivas em todas as profissões, a renda do trabalho deverá crescer muito lentamente e corre o risco até de encolher. O prognóstico é feito pelo economista Richard Freeman, da Universidade Harvard, que pesquisa os efeitos do avanço da inteligência artificial sobre economia, educação e mercado de trabalho.
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A preocupação de que os robôs vão substituir os humanos é legítima?
A preocupação não é que os humanos não vão ter mais trabalho, mas que perderão empregos bons e bem pagos. Médicos, por exemplo. Já se pode fazer muita coisa com inteligência artificial que dispensa os médicos. As máquinas conseguem ver coisas que os médicos muitas vezes não conseguem e conseguem chegar a uma conclusão melhor. Isso está todos os dias nas revistas científicas.
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Mas, por outro lado, há muito pouca pesquisa sobre qual é o impacto das máquinas sobre o trabalho, não? Uma das poucas, de (Daron) Acemoglu e (Pascual) Restrepo, mostra um efeito não tão grande.
Sim, muitos países hoje estão com pleno emprego. Mas a renda está crescendo cada vez mais devagar. O sinal desse efeito das máquinas não será no emprego, mas nos salários: não vamos mais conseguir o tipo de emprego que paga bem. A forma como fazemos as coisas está mudando e não há como impedir isso.
Como esse crescimento mais lento da renda se relaciona com a robotização?
Há muito pouca evidência. Mas o trabalho de Acemoglu mostra que, nas cidades em que os robôs entraram, os salários caíram. Algumas das funções de vocês hoje já são desempenhadas por jornalistas robôs. Os robôs, por enquanto, só escrevem sobre esporte, este time ganhou daquele por tanto, nada muito complexo, mas a inteligência artificial os fará cada vez melhores. Portanto, se você for pleitear aumento de salário, precisará entender que haverá robôs cada vez melhores e mais baratos que poderão substituí-lo.
É possível evitar isso? Ou devemos esquecer os empregos e comprar alguns robôs?
Sim, podemos comprar os robôs. Isso será ótimo.
É inclusive sua recomendação, não?
Sim. Antigamente, nos Estados Unidos, você tinha seu próprio negócio, o da família, ou era um artesão e tinha seu equipamento. Vamos pensar em um encanador. Ele entende de canos, tem habilidades mecânicas. Se ele tiver um robô com conhecimento específico, poderá fazer um trabalho melhor.
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O que as novas gerações podem fazer para se preparar?
É muito importante que as crianças aprendam linguagem de computador. Não precisam virar programadores, mas entender o que as máquinas são capazes de fazer, para poder funcionar nesse novo mundo. A Universidade de Illinois passou a unir todas as carreiras com ciências da computação. Se você estuda jornalismo, também estuda ciência da computação e tem uma dupla graduação, para ter uma ideia do que é preciso na sua área em relação à tecnologia. Para estar preparado e se ajustar.
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Jornal O Tempo. Disponível em: . Acesso em: 05 jun. 2018. (adaptado) (P1018Q7SP_SUP)
(P1018Q7SP) O texto lido é uma entrevista porque apresenta
Respostas
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34
Resposta:ESTOU EM DUVIDA DA LETRA C OU D!
Explicação:MAS ACHO QUE A LETRA D SERA A CORRETA POIS FOI A QUE EU COLOQUEI ESPERO QUE TENHO AJUDADO S2
caualimagoli:
E a letra *D*
respondido por:
20
Resposta:
letra D
Explicação:
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