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Resposta:
PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1):29-41, 2007
O conceito de saúde reflete a conjuntura social, econômica, política e
cultural. Ou seja: saúde não representa a mesma coisa para todas as pessoas.
Dependerá da época, do lugar, da classe social. Dependerá de valores
individuais, dependerá de concepções científicas, religiosas, filosóficas. O
mesmo, aliás, pode ser dito das doenças. Aquilo que é considerado doença
varia muito. Houve época em que masturbação era considerada uma conduta
patológica capaz de resultar em desnutrição (por perda da proteína contida no
esperma) e em distúrbios mentais. A masturbação era tratada por dieta, por
infibulação, pela imobilização do “paciente”, por aparelhos elétricos que davam
choque quando o pênis era manipulado e até pela ablação da genitália. Houve
época, também, em que o desejo de fuga dos escravos era considerado
enfermidade mental: a drapetomania (do grego drapetes, escravo). O diagnóstico
foi proposto em 1851 por Samuel A. Cartwright, médico do estado da Louisiana,
no escravagista sul dos Estados Unidos. O tratamento proposto era o do açoite,
também aplicável à “disestesia etiópica”, outro diagnóstico do doutor Cartwright,
este explicando a falta de motivação para o trabalho entre os negros escravizados.
exemplo:
eu acho que é isso