• Matéria: Sociologia
  • Autor: santanaclara410
  • Perguntado 5 anos atrás

Com o que os membros da rebelião Sabinada estavam descontentes?​

Respostas

respondido por: paulo123432
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Resposta:

Sabinada foi uma revolta provincial que ocorreu em Salvador, entre novembro de 1837 e março de 1838. Essa revolta foi conduzida pelas classes médias soteropolitanas insatisfeitas com o governo do Rio de Janeiro, sobretudo em virtude do enfraquecimento da pauta federalista. Não contou com o apoio popular e nem das classes altas e foi derrotada pela Guarda Nacional.

Acesse também: Revolta dos Malês — a maior revolta de escravos da história brasileira

Contexto da Sabinada

A Sabinada foi uma das revoltas provinciais que aconteceram no Brasil durante o Período Regencial, a época de transição do Primeiro para o Segundo Reinado. Essa fase regencial foi iniciada quando D. Pedro I abdicou do trono para que seu filho, Pedro de Alcântara, pudesse assumir.

A Constituição de 1824, no entanto, estipulava que Pedro de Alcântara deveria ter pelo menos 18 anos para tomar posse do trono. Assim, até que isso acontecesse, o Brasil seria governado temporariamente por regentes. Nesse intervalo de tempo, houve intensa disputa política entre os três grandes grupos políticos do Brasil e pela exigência por autonomia vinda das províncias.

A Sabinada aconteceu em Salvador, local de grande agitação política no começo do século XIX.

Em razão da ausência de uma figura de poder (o imperador), somada às demandas por autonomia e à circulação dos ideais republicanos, uma série de revoltas passou a ocorrer no Brasil. Essas revoltas, além de tudo, demonstravam uma grande insatisfação de certas camadas das sociedades de algumas das províncias com o governo do Rio de Janeiro.

Muitos historiadores consideram o Período Regencial como uma espécie de experiência republicana no Brasil, tendo em vista a grande autonomia que as províncias ganharam com o Ato Adicional de 1834 e pelo fato de o Brasil ser governado por regentes eleitos. Por meio do Ato Adicional, os governadores de província ganharam poderes, e foi permitido o desenvolvimento do Poder Legislativo nas províncias.

Os embates políticos que aconteciam no país, no entanto, fizeram com que algumas dessas liberdades dadas às províncias começassem a perder força a partir de 1837 com o que ficou conhecido como Regresso Conservador. Veremos que o enfraquecimento do projeto federalista no contexto político da Bahia não foi bem recebido.

Leia também: Guerra dos Farrapos — umas das revoltas que ocorreram no Período Regencial

Causas da Sabinada

A Sabinada aconteceu em uma Bahia agitada politicamente. Desde a Conjuração Baiana, em 1798, a agitação política naquela província era muito grande. A última grande agitação que a Bahia tinha passado tinha sido a Revolta dos Malês, revolta de escravos haussás. Foi a maior revolta de escravos na história brasileira e gerou uma forte mobilização da sociedade soteropolitana contra os escravos.

A renúncia de Padre Feijó foi um fator que trouxe insatisfação para as classes médias de Salvador em 1837.[1]

No contexto baiano, podemos destacar uma crescente insatisfação das classes médias por conta dos problemas econômicos que a Bahia enfrentava com o enfraquecimento da economia açucareira. A grande presença de portugueses em cargos de administração também era um fator de descontentamento. Os comerciantes baianos queriam ter um maior controle sobre o comércio local.

Toda essa insatisfação cresceu quando a centralização do poder começou a ganhar espaço na política brasileira a partir da renúncia de Padre Feijó à regência do Brasil. Esse ato foi entendido como o fracasso do projeto federalista, que buscava garantir a autonomia das províncias brasileiras.

Para a classe média baiana — o grupo que encabeçou a Sabinada —, a renúncia de Feijó foi algo inaceitável. A luta por autonomia, além do aspecto político, também era influenciada por questões econômicas, uma vez que as classes médias baianas estavam insatisfeitas com a política de impostos praticada pela monarquia.

Por fim, também havia a insatisfação dos militares na Bahia, que desejavam aumento de soldo, além de não concordarem com as convocações realizadas para lutar no Sul contra os farrapos, que se rebelaram contra o Rio de Janeiro.

Essas questões geravam grande descontentamento, principalmente entre as classes médias de Salvador. A liderança da Sabinada contou com figuras como advogados e comerciantes, por exemplo. Houve também uma pequena adesão popular quando a revolta se iniciou.

Explicação:

Espero ter ajudado!!

bons estudos

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