• Matéria: Filosofia
  • Autor: kamillylorhany2003
  • Perguntado 5 anos atrás


qual é a moral que nasce da intenção e não da aparência?

Respostas

respondido por: anonima8862
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Resposta:

1) A moralidade como aquisição de virtudes para alcançar a felicidade

Ser moral, para os pensadores antigos, sobretudo os da Grécia, era o mesmo que descobrir os meios para se alcançar, por meio da razão, o máximo de felicidade. Há diversas formas de se compreender a felicidade. Para os epicuristas, a felicidade era entendida como prazer. Para Aristóteles, a faculdade principal do homem, sua maior virtude, é a racionalidade. Para ser feliz, o homem precisa exercitar sua capacidade de pensar. Para alcançar a virtude, o homem precisa escolher “o caminho do meio”, a justa medida das coisas, e agir de forma equilibrada.

2) A moralidade do caráter individual

Nesse sentido, o desenvolvimento pessoal tornaria possível que cada indivíduo se tornasse moral e, assim, teria os recursos necessários para enfrentar os desafios da vida. Esse desenvolvimento seria como o desenvolvimento de um esportista: se o esportista estabelece metas e desenvolve suas habilidades a fim de alcançá-las, o indivíduo deve proceder da mesma forma a respeito do seu desenvolvimento moral, isto é, ter um projeto vital de autorrealização. Por isso, a moralidade entendida assim é aplicável ao indivíduo, que é o agente moral, mas também poderia ser aplicada a sociedades. Os espanhóis Ortega y Gasset e Aranguren destacam essa concepção em sua obras.

3) A moralidade do dever

Se os estoicos interpretavam a “lei natural” como centro da moralidade, isto é, pensavam no ajuste entre a intenção humana e os planos da razão universal, há sistemas morais que colocam o “dever” como centro das preocupações. Para Kant, a moralidade seria o ir além da natureza e o homem, capaz de ir além da ordem natural, seria capaz de se autolegislar. A autonomia é o foco da moralidade, pois o homem exerceria sua autonomia ao estabelecer aquilo que é correto.

4) A moralidade como aptidão para resolver conflitos

Para a compreensão da moralidade como base para se resolver conflitos é importante entender o conceito de “reconhecimento recíproco” para George H. Mead: ao contrário dos enfoques que ancoram a noção de moralidade no indivíduo, nesta concepção a moralidade não pode ser pensada fora do âmbito social. Com isso, ele situa o problema moral em relação aos conflitos, sejam individuais, sejam coletivos. Pela racionalidade, além de estabelecer para si mesmo leis próprias, o homem deve ser capaz de decidir sobre elas por meio do diálogo.

5. A moralidade como prática solidária das virtudes comunitárias

Para essa noção de moralidade, entende-se o indivíduo em relação à sua comunidade concreta. O ser humano constitui sua personalidade a partir do pertencimento a uma comunidade (profissional, nacional, por exemplo), pois é a comunidade que, ao exigir virtudes daqueles que estão a ela ligados, possibilita o desenvolvimento delas. Ao ter uma visão do que seria a “excelência humana”, a comunidade se esforça para que todos os seus membros a desenvolvam. Assim, a moralidade tem o sentido de “alcance solidário das virtudes” e sai do âmbito de deveres e direitos.

UMA DESSAS AI, LÊ.

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