Respostas
Resposta:
Economia[1] é um termo muito comum em muitos assuntos do cotidiano. Porém a compreensão fundamental do termo nem sempre é clara. No senso comum economia é sinônimo de poupar dinheiro, ou mesmo algo que envolve atividades que cuidam de dinheiro, finanças e coisas relacionadas. O significado mais fundamental do termo está relacionado ao sustento. Desse modo qualquer atividade relacionada ao sustento é uma atividade econômica. Mesmo antes de existir moeda, comércio e propriedade privada, já existia economia. Desde os tempos da caça e coleta, qualquer atividade que envolve sustento material é uma atividade econômica. Ao longo do tempo, na medida em que as sociedades foram se tornando mais complexas, ou seja, mais numerosas e estratificadas, uma série de transformações se sucederam para dar conta de tal complexidade. A sedentarização, ou seja, a fixação dos grupos humanos em locais específicos gerou a necessidade de intensificar e organizar a produção e o trabalho. A revolução agrícola trouxe o excedente de produção, que por sua vez gerou as condições para as atividades comerciais. A fixação em territórios gerou a propriedade sobre a terra. A invenção de ferramentas gerou a propriedade sobre os bens materiais. Inicialmente tais propriedades eram coletivas, ou seja, era de uso comum entre os membros do grupo que detinham a propriedade. Posteriormente alguns grupos e famílias, passaram a controlar tais propriedades subjugando outros grupos como mão de obra servil ou escrava.
A compelxização da sociedade separou o produtor do produto. O trabalhador do fruto de seu trabalho. Criou grupos privilegiados por terem se tornado donos da terra e das ferramentas. Com isso a economia se tornou uma atividade também complexa, para dar contar do abastecimento das populações.
Explicação:
A economia, enquanto conjunto de atividades relacionadas ao sustento material não gerou os problemas da pobreza em escala mundial. O que gerou as desigualdades foi a administração da economia. Que, na realidade é uma questão de política. O mundo produz alimento e bens materiais o suficiente para todos, porém a administração dessa produção não visa a distribuição, mas sim a acumulação.
Aqueles que defendem a ideia de que a pobreza é uma questão de escolha, iniciativa, manifestação das leis da natureza, da seleção natural, da predestinação divina, do merecimento pelo cumprimento da moralidade, entendem a economia como mais uma lei da natureza. Isso á essência do pensamento liberal[2]. Esse pensamento entende que lei da oferta e da procura é o fator responsável pelo equilíbrio da economia. Desse modo o aceso ao alimento, à renda, as condições de trabalho à moradia, à terra são coisas determinadas pela lei do mais forte, do mais inteligente, do mais astuto, do mais empreendedor. Ao passo que os que não possuem tais adjetivos são submetidos às regras ditadas pelos primeiros. Assim sendo, no fim das contas, as leis da natureza, da oferta e da procura, apenas justificam o sofrimento e privação de uns para o privilégio e o conforto de outros.
A economia é a dimensão mais importante das sociedades humanas. É a mais essencial por compreender o sustento, a sobrevivência, ou seja, alimentos, utensílios e moradia. E a garantia da manutenção das estruturas econômicas é responsabilidade da politica. É o governo, seja democrático, monárquico, anárquico, socialista, ou capitalista, quem deve organizar as condições necessárias que possibilitem a harmonização entre as diferentes profissões, os tipos de produção, os serviços, para que todos sejam valorizados com dignidade humana