Leia o texto abaixo.
LIRA XIII
Tomás Antônio Gonzaga
Ornemos nossas testas com as flores.
E façamos de feno um brando leito,
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos Amores.
Sobre as nossas cabeças,
Sem que o possam deter, o tempo corre;
E para nós o tempo, que se passa,
Também, Marília, morre.
Com os anos, Marília, o gosto falta,
E se entorpece o corpo já cansado;
triste o velho cordeiro está deitado,
e o leve filho sempre alegre salta.
A mesma formosura
É dote, que só goza a mocidade:
Rugam-se as faces, o cabelo alveja,
Mal chega a longa idade.
Que havemos de esperar, Marília bela?
Que vão passando os florescentes dias?
As glórias, que vêm tarde, já vêm frias;
E pode enfim mudar-se a nossa estrela.
Ah! Não, minha Marília,
Aproveite-se o tempo, antes que faça
O estrago de roubar ao corpo as forças
E ao semblante a graça.
(Tomás Antônio Gonzaga. In: A. Rodrigues Medina et al. Antologia da literatura brasileira: textos comentados. São Paulo: Marco, 1979. VI. Adaptado) (2012_LPT_EM3_H42_005_SUP)
(2012_LPT_EM3_H42_005) O poema desenvolve uma estrutura poética e argumentativa relacionada às transformações trazidas pelo tempo, a qual no contexto tem a função de
A)demonstrar a Marília que as pessoas apaixonadas são volúveis, mutáveis.
B)ressaltar para Marília a beleza da Natureza, como encontrada no campo.
C)chamar a atenção de Marília para a tristeza da vida, que não se resume a amores.
D)convencer Marília a aproveitar o tempo presente, cedendo ao convite amoroso.
E)fazer com que Marília seja mais afetuosa com os homens apaixonados por ela.
ME AJUDEM POR FAVOR.
Respostas
respondido por:
6
Resposta:D) Convencer Marília a aproveitar o tempo presente, cedendo ao convite amoroso
Explicação:
Tomás Antônio Gonzaga retratou nessa lira uma história em que viveu na vida real: por estar preso e exilado, não podia estar perto de sua amada.
Nesse poema ele faz a ela declarações de amor: "Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos Amores."
E diz a ela para aproveitar o tempo presente com ele enquanto é jovem, a questionando do porque esperar mais:
"Aproveite-se o tempo, antes que faça
O estrago de roubar ao corpo as forças
E ao semblante a graça."
"Que havemos de esperar, Marília bela?
Que vão passando os florescentes dias?"
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