1 - (ENEM, 2011)
O brasileiro tem noção clara dos comportamentos
éticos e morais adequados, mas vive sob o espectro
da corrupção, revela pesquisa. Se o país fosse
resultado dos padrões morais que as pessoas dizem
aprovar, pareceria mais com a Escandinavia do que
com Bruzundanga (corrompida nação fictícia de
Lima Barreto).
O distanciamento entre "reconhecer" e "cumprir”
efetivamente o que é moral constitui uma
ambiguidade inerente ao humano, porque as normas
morais são:
(A) decorrentes da vontade divina e, por esse
motivo, utópicas.
(B) parámetros idealizados, cujo cumprimento é
destituido de obrigação.
(C) amplas e vão além da capacidade de o indivíduo
conseguir cumpri-las integralmente.
(D) criadas pelo homem, que concede a si mesmo a
lei à qual deve se submeter.
(E) cumpridas por aqueles que se dedicam
inteiramente a observar as normas jurídicas.
Respostas
Resposta:
A Alternativa B é a correta.
Explicação:
A alternativa A está errada pois a Moral não é recorrente da vontade divina, ela é resultado da construção social e da cultura de cada povo (Considerando a religião também resultado disso, uma vez que nenhuma ciência o trabalha considerando a existência de qualquer Deus)
A alternativa C está errada, pois a moral declara, de forma geral, o que é adequado e não adequado, o que é certo e o que não é. Não exige o comprimento de normas que transcendem as capacidades do indivíduo, apenas as que estão ao seu alcance.
A alternativa D está errada. Por mais que seja possível para um homem criar a sua própria moral, ele ainda é "obrigado" a se submeter a moral da sociedade em que ele está incluso, caso contrário sofrerá, de alguma forma, a ação do poder coercitivo.
A Alternativa E está errada. Mesmo que a maior parte das leis, hoje, só sejam leis por terem sido moral um dia, a lei não é capaz de delimitar o que é moral e o que não é.