"Age apenas segundo uma máxima (um principio) tal que possas ao mesmo tempo que
que ela se torne lei universal". (Fundamentação da metafisica dos costumes.p.59)
Essa exigência é denominada por Kant de:
a) Dever
b) Imperativo ategórico
c) Boa vontade
d) Ética do dever
e) Dedução transcedental
Respostas
Resposta:
b) Imperativo Ategórico
Explicação:
O comando moral que faz com que nossas ações sejam moralmente boas, se expressa no imperativo categórico: “age só segundo máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”. Essa lei está atada à razão pura prática. Todo sujeito é racional, por isso tem condição de sujeito moral, dotado de normas. Exercer uma ação contrária levaria ao absurdo. Poderia alguém mentir em benefício próprio, de um ente querido, ou mesmo em favor da humanidade? Kant diz que não, pois a mentira jamais poderia ser universalizada sem autocontradição.
Cada sujeito, tem um alarme acionado na sua consciência moral (com a razão pura prática funcionando), que evidencia essa contradição, alertando que essa ação deve ser refutada, visto que essa ação não pode servir para todos. Assim, consultando a razão pura prática (como deveria alguém agir na minha situação?), se todos se utilizassem dessa ação, o mundo seria um verdadeiro caos.
O imperativo categórico em Kant é uma forma a priori, pura, independente do útil ou prejudicial. É uma escolha voluntária racional, por finalidade e não causalidade. Superam-se os interesses e impõe-se o ser moral, o dever. O dever é o princípio supremo de toda a moralidade (moral deontológica). Dessa forma uma ação é certa quando realizada por um sentimento de dever. A razão é a condição a priori da vontade, por isso independe da experiência.