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A complexidade é uma forma de pensar a educação trazida à tona pela primeira vez pelo filósofo Edgar Morin, que a define como: 1) "que não se pode resumir em uma palavra chave, o que não pode ser reduzido a uma lei nem a uma ideia simples" e 2) "complexidade é uma palavra problema e não uma palavra solução" (MORIN, 2006, p. 5).
Sendo assim, quando pensamos em complexidade, não podemos pensar em simplificar as coisas, pois o pensamento simples tenta "controlar e dominar o mundo real". O objetivo do pensar complexo é "exercer um pensamento capaz de lidar com o mundo real, de com ele dialogar e negociar" (MORIN, 2006, p.6).
Junto com a ideia de pensamento complexo, surgem alguns mal-entendidos que devem ser dissipados antes de apresentarmos as etapas da complexidade. O primeiro deles é encarar a complexidade como uma receita ou uma resposta. Ela é uma proposta de desafio e é isso que estamos propondo para vocês: o desafio de pensar fora da caixa.
O segundo é achar que a complexidade é o fim das coisas, uma conclusão de algo. O pensamento complexo significa saber da incompletude do conhecimento e ter consciência das mutilações das simplificações. Portanto, o objetivo seria unir as partes que foram mutiladas.
"Se a complexidade não é a chave do mundo, mas o desafio a enfrentar, por sua vez o pensamento complexo não é o que evita ou suprime o desafio, mas o que ajuda a revelá-lo, e às vezes mesmo a superá-lo" (MORIN, 2006, p. 8).
Para entender a complexidade e mutilação dos saberes, é necessário refletir sobre a fragmentação do conhecimento. Morin (2006) diz que o conhecimento foi dividido em saberes disciplinares e que o ser humano não é fragmentado. Por isso, para pensarmos em educação e ensino, temos que ter consciência de duas coisas: o conhecimento deve ser transdisciplinar e a complexidade é só o início. Essa hiperespecialização que vemos hoje não permite que se vejam os problemas de forma global e isso torna impossível o aprender de forma complexa.
Sendo assim, a missão do "ensino é transmitir não o mero saber, mas uma cultura que permita compreender nossa condição e nos ajude a viver, e que favoreça, ao mesmo tempo, um modo de pensar aberto e livre" (MORIN, 2003, p.11).
Para pensarmos de forma complexa, o passo inicial é a reforma do pensamento:
A reforma do pensamento é que permitiria o pleno emprego da inteligência para responder a esses desafios e permitiria a ligação de duas culturas dissociadas. Trata-se de uma reforma não programática, mas paradigmática, concernente a nossa aptidão para organizar o conhecimento (MORIN, 2003, p. 20).
Sendo assim, depois da reforma do pensamento, os passos à educação para complexidade são: i) aptidão para tratar problemas e ii) organização dos conhecimentos que permitem ligar os saberes, de forma a dar sentido a eles.
A educação deve favorecer a aptidão nata dos seres para lidar com os problemas de forma genérica e não atrofiar essa capacidade. Portanto, o desenvolvimento da aptidão é o desenvolvimento da inteligência geral, que é necessária para todos os domínios da cultura humana.
O segundo passo se refere à organização dos conhecimentos. Segundo Morin, o conhecimento deve ser constituído:
Todo conhecimento constitui, ao mesmo tempo, uma tradução e uma reconstrução, a partir de sinais, signos, símbolos, sob a forma de representações, idéias, teorias, discursos. A organização dos conhecimentos é realizada em função de princípios e regras que não cabe analisar aqui; comporta operações de ligação (conjunção, inclusão, implicação) e de separação (diferenciação, oposição, seleção, exclusão). O processo é circular, passando da separação à ligação, da ligação à separação, e, além disso, da análise à síntese, da síntese à análise. Ou seja: o conhecimento comporta, ao mesmo tempo, separação e ligação, análise e síntese (MORIN, 2003, p. 24).
Espero ter ajudado, se possível marque como melhor resposta :))
Sendo assim, quando pensamos em complexidade, não podemos pensar em simplificar as coisas, pois o pensamento simples tenta "controlar e dominar o mundo real". O objetivo do pensar complexo é "exercer um pensamento capaz de lidar com o mundo real, de com ele dialogar e negociar" (MORIN, 2006, p.6).
Junto com a ideia de pensamento complexo, surgem alguns mal-entendidos que devem ser dissipados antes de apresentarmos as etapas da complexidade. O primeiro deles é encarar a complexidade como uma receita ou uma resposta. Ela é uma proposta de desafio e é isso que estamos propondo para vocês: o desafio de pensar fora da caixa.
O segundo é achar que a complexidade é o fim das coisas, uma conclusão de algo. O pensamento complexo significa saber da incompletude do conhecimento e ter consciência das mutilações das simplificações. Portanto, o objetivo seria unir as partes que foram mutiladas.
"Se a complexidade não é a chave do mundo, mas o desafio a enfrentar, por sua vez o pensamento complexo não é o que evita ou suprime o desafio, mas o que ajuda a revelá-lo, e às vezes mesmo a superá-lo" (MORIN, 2006, p. 8).
Para entender a complexidade e mutilação dos saberes, é necessário refletir sobre a fragmentação do conhecimento. Morin (2006) diz que o conhecimento foi dividido em saberes disciplinares e que o ser humano não é fragmentado. Por isso, para pensarmos em educação e ensino, temos que ter consciência de duas coisas: o conhecimento deve ser transdisciplinar e a complexidade é só o início. Essa hiperespecialização que vemos hoje não permite que se vejam os problemas de forma global e isso torna impossível o aprender de forma complexa.
Sendo assim, a missão do "ensino é transmitir não o mero saber, mas uma cultura que permita compreender nossa condição e nos ajude a viver, e que favoreça, ao mesmo tempo, um modo de pensar aberto e livre" (MORIN, 2003, p.11).
Para pensarmos de forma complexa, o passo inicial é a reforma do pensamento:
A reforma do pensamento é que permitiria o pleno emprego da inteligência para responder a esses desafios e permitiria a ligação de duas culturas dissociadas. Trata-se de uma reforma não programática, mas paradigmática, concernente a nossa aptidão para organizar o conhecimento (MORIN, 2003, p. 20).
Sendo assim, depois da reforma do pensamento, os passos à educação para complexidade são: i) aptidão para tratar problemas e ii) organização dos conhecimentos que permitem ligar os saberes, de forma a dar sentido a eles.
A educação deve favorecer a aptidão nata dos seres para lidar com os problemas de forma genérica e não atrofiar essa capacidade. Portanto, o desenvolvimento da aptidão é o desenvolvimento da inteligência geral, que é necessária para todos os domínios da cultura humana.
O segundo passo se refere à organização dos conhecimentos. Segundo Morin, o conhecimento deve ser constituído:
Todo conhecimento constitui, ao mesmo tempo, uma tradução e uma reconstrução, a partir de sinais, signos, símbolos, sob a forma de representações, idéias, teorias, discursos. A organização dos conhecimentos é realizada em função de princípios e regras que não cabe analisar aqui; comporta operações de ligação (conjunção, inclusão, implicação) e de separação (diferenciação, oposição, seleção, exclusão). O processo é circular, passando da separação à ligação, da ligação à separação, e, além disso, da análise à síntese, da síntese à análise. Ou seja: o conhecimento comporta, ao mesmo tempo, separação e ligação, análise e síntese (MORIN, 2003, p. 24).
Espero ter ajudado, se possível marque como melhor resposta :))
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