• Matéria: Português
  • Autor: evelinneves2008
  • Perguntado 5 anos atrás

Leia o texto abaixo.



Pneumotórax
Manuel Bandeira


Febre, hemoptise1, dispneia2 e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
- Diga trinta e três.
- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
- Respire.
............................................................................
- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.


BANDEIRA, Manuel. Pneumatórax. In: MORICONI, Ítalo (organizador). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 57.

1 he·mop·ti·se: substantivo feminino

1. Expectoração de sangue.

2. Hemorragia da membrana mucosa do pulmão.

(P1217Q4SP_SUP)

(P1217Q4SP) No poema, a doença do eu lírico tratada sem dramaticidade, como faziam os poetas do Romantismo, revela:
a-Ruptura com os moldes tradicionais de elaboração de poemas e valorização de fatos do cotidiano e de linguagem coloquial.
b-Predileção do poeta por versos rimados e pelas camadas mais sofridas da sociedade.
b-Apego do eu lírico a tudo o que está distante no tempo real e que é bem diferente do tempo imaginário de seus delírios.
c-Reflexão sobre a dimensão social e os sentimentos do eu lírico à beira da morte.
d-Sofrimento do eu lírico buscando sensibilizar os leitores para os problemas do mal do século.

Respostas

respondido por: brenogooll
3

Resposta: Alternativa A

Explicação:

pois o texto foi produzido no período do romantismo , então ouve uma quebra de padrões . ele foi contra a " modinha da época"

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