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Dando sequência à série sobre as culturas presentes na formação histórica do RS, trago aqui a primeira parte sobre cultura e história negra. Com uma variedade de manifestações, ela é nascida da diáspora de diversos povos negros trazidos para as Américas no período escravocrata, capítulo vergonhoso da nossa história. As culturas negras, unidas e mescladas, são componentes fundamentais do estado, e nesta primeira parte estão origens e heranças.
CULTURA GAÚCHA, por Letícia Garcia
“A rigor, a população negra sempre esteve presente na formação do estado, só que foi invisibilizada. Já com as primeiras tropas que chegaram ao RS havia negros. Depois, com a economia baseada na escravidão, mais ainda”, começa explicando Pedro Vargas, historiador, museólogo e um dos idealizadores do Museu do Percurso do Negro em Porto Alegre. Os negros que chegaram ao RS eram originários de vários povos, ou “nações”, de diversas regiões da África. “Os primeiros negros que chegaram aqui eram provenientes da África Central, dominada pelas línguas Banto. Pela necessidade de comunicação, os portugueses utilizavam-se de parte do vocabulário dessas línguas que, com o tempo, passaram a fazer parte do cotidiano e do léxico da língua portuguesa”, explica Cláudio Knierim, professor de História e pesquisador da área.
A marca linguística dos idiomas africanos está presente no nome de objetos, saberes e fazeres incorporados ao regionalismo, como nas palavras cacimba, matungo, mondongo, porongo, sanga, fuxico, bombear, empacar, quindim, fubá, inhame, mogango, moringa, quibebe, tambo e mango. “Em meados do século XIX, chegaram povos vindos do sudoeste da Nigéria, de Benin e Costa do Marfim, do grupo linguístico Yorubá, cujo vocabulário está muito mais vinculado às religiões de matriz africana.”
CULTURA GAÚCHA, por Letícia Garcia
“A rigor, a população negra sempre esteve presente na formação do estado, só que foi invisibilizada. Já com as primeiras tropas que chegaram ao RS havia negros. Depois, com a economia baseada na escravidão, mais ainda”, começa explicando Pedro Vargas, historiador, museólogo e um dos idealizadores do Museu do Percurso do Negro em Porto Alegre. Os negros que chegaram ao RS eram originários de vários povos, ou “nações”, de diversas regiões da África. “Os primeiros negros que chegaram aqui eram provenientes da África Central, dominada pelas línguas Banto. Pela necessidade de comunicação, os portugueses utilizavam-se de parte do vocabulário dessas línguas que, com o tempo, passaram a fazer parte do cotidiano e do léxico da língua portuguesa”, explica Cláudio Knierim, professor de História e pesquisador da área.
A marca linguística dos idiomas africanos está presente no nome de objetos, saberes e fazeres incorporados ao regionalismo, como nas palavras cacimba, matungo, mondongo, porongo, sanga, fuxico, bombear, empacar, quindim, fubá, inhame, mogango, moringa, quibebe, tambo e mango. “Em meados do século XIX, chegaram povos vindos do sudoeste da Nigéria, de Benin e Costa do Marfim, do grupo linguístico Yorubá, cujo vocabulário está muito mais vinculado às religiões de matriz africana.”
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