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“Vidas Secas” denuncia o descaso social e a exploração humana
Obra de Graciliano Ramos retrata o drama de uma família nordestina, comum ainda hoje no Brasil.
Essa leitura tem primordial importância na formação do indivíduo enquanto sujeito na construção do país, pois quanto mais consciente o povo faça sua história, tanto mais que o povo perceberá com lucidez as dificuldades que tem a enfrentar, no domínio econômico, social e cultural, no processo permanente de sua libertação. Diante desse pressuposto, propomos nesta pesquisa, fazer uma leitura crítica da obra Vida Secas de Graciliano Ramos.
Vidas Secas não é apenas o romance da seca, mas principalmente o romance da condição humana jogada entre a vida e a morte. As personagens deslocam-se para lugares distantes daquele em que se situa o conflito. Os retirantes recusam o presente e vão atrás de um sonho: casa para se abrigarem e trabalho para ganharem o suficiente para não morrer de fome.
Vidas Secas é um romance de estética realista naturalista é a dramática descrição de pessoas que não conseguem comunicar-se, pois a terra é seca, mas o homem, também é seco: nem os opressores (patrão, soldado) e nem os oprimidos (família de Fabiano). Sabendo se que o mais importante não é a intriga, mas o fundo sociológico e psicológico.
Graciliano Ramos procura estudar o comportamento duma família extremamente rude e primitiva num meio ecologicamente severo e seco. Estuda as formas de raciocínio e linguagem, de adaptação ou revolta em diversas temperaturas psicológicas: as reações nos períodos de seca e fome, bem como nos períodos de fartura do inverno, as formas de comportamento no campo e na cidade, etc. O que interessa é o homem, o homem do sertão nordestino, o ser rude e quase primitivo pela hostilidade do meio físico e da injustiça humana. Graciliano Ramos conhecia a região e quis descrever o homem branco, rude e suas personagens são quase selvagens por isso o que elas pensam e falam merece ser anotadas.