Por quase quatro séculos, milhões de indígenas e negros foram sequestrados, vendidos, castigados e
obrigados a trabalhar de graça para fazer girar a economia brasileira
A mão de obra indigena foi a primeira a ser utilizada no Brasil colônia, para a extração do pau-brasil, nas pri-
meiras décadas do século XVI. Os nativos eram livres, sendo explorados pelo sistema do escambo(troca).
No entanto, nos anos seguintes, Portugal optou pela substituição dos nativos pelos africanos. A ra-
zão era fundamentalmente econômica: o aprisionamento indigena era uma atividade interna do Brasil,
não resultando em renda para os portugueses, já a captura e o comércio intercontinental de africanos
garantiam importantes ganhos aos mercadores portugueses. Outros fatores justificavam a troca: os
indios, ao contrário dos negros africanos, não estavam culturalmente acostumados à atividade agricola
em larga escala. Por isso, eles não se adaptavam bem à produção nos canaviais. Além disso, os nativos
tinham um bom conhecimento do território brasileiro, o que facilitava sua fuga.
A escravidão de negros só viria com a introdução da cana-de-açúcar, entre 1550 e 1850. Estima-se te-
nham chegado ao Brasil aproximadamente 4 milhões de negros trazidos do continente africano, espe-
cialmente da Guiné, Costa do Marfim, Congo, Angola, Moçambique e Benin.
Para aprisioná-los, inicialmente os portugueses promoviam invasões às aldeias. Mais tarde passaram a
incentivar a luta entre tribos rivais para depois negociar com os vencedores a troca dos derrotados por
panos, alimentos, cavalos e munições. Trazidos pelo tráfico negreiro que gerava enorme lucro à metró-
pole, os negros eram mantidos subjugados mediante uma politica desumana de repressão e controle.
Os negros eram trazidos para a América nos porões superlotados dos navios negreiros, conhecidos
como tumbeiros. A sujeira, os maus-tratos e a má alimentação matavam até metade dos escravos
transportados. No Brasil, os africanos eram vendidos em praça pública como mercadoria. Quando com-
prados, tornavam-se propriedade do senhor e ficavam sujeitos a punições. Os castigos mais comuns
eram a palmatória, o chicote e o açoite.
No Brasil o uso do escravo como mão de obra teve início com a atividade açucareira nos engenhos de
cana, atravessou o periodo colonial e só foi oficialmente extinto em 1888. já no fim do império. Durante
praticamente todo esse período, o trabalho compulsório(forçado) constituiu a base da economia do pais:
eram os escravos que realizavam a coleta, a pesca, o serviço doméstico e a agricultura. Inicialmente fo-
ram escravizados apenas os indígenas; depois, os africanos, que logo se tornaram majoritários.
Resistência
Algumas práticas adotadas pelos negros na luta contra a escravidão eram a fuga, a queima de planta-
ções, os atentados a feitores e a senhores e até mesmo a morte de recém-nascidos e o suicídio. Mas a
mais expressiva forma de resistència foi a organização dos quilombos, comunidades autossuficientes
formadas por escravos fugidos.
O mais importante foi o de Palmares, criado no fim do século XVI, em uma área onde fica a divisa de Ala-
goas com Pernambuco. Em seu auge, chegou a ser formado por nove aldeias, denominadas mocambos,
contando com uma população de 20 mil habitantes. Tinha uma economia bem organizada, realizando
comércio com o entorno. Abrigava, além de negros fugidos, indios e brancos marginalizados
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1- Caracterize a escravidão no Brasil colonial.
Respostas
respondido por:
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Resposta:
A escravidão é marcada principalmente pela exploração da mão de obra dos africanos. Foi um sistema, extremamente cruel, que gera consequências até hoje e foi abolido no dia 13 de maio de 1888.
Explicação:
Espero ter ajudado :)
gabrielbarbosa480:
obrigado
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