O Brasil mantém a condição de grande produtor e exportador mundial de cana e de seus principais derivados, o açúcar e o álcool. Com 430 usinas e destilarias, que empregam em média 1,5 milhão de trabalhadores, nosso país desfruta do posto de maior produtor de açúcar do planeta e é responsável por 45% da produção mundial de etanol. Os antigos senhores de engenho e, agora novos empresários. Propagandeiam de modo insistente noções como inovação tecnológica, prosperidade e modernização. Esses empresários, nacionais e estrangeiros, exaltam os avanços científicos, a aquisição de equipamentos com tecnologia de ponta e a adesão à uma suposta agenda sustentável. Verifica-se, no entanto, uma rota de colisão nesse caminho: o “moderno” agronegócio canavieiro no Brasil possui nas condições e relações de trabalho no corte manual da cana a expressão mais visível de sua degradação e de seu “atraso”. Os cortadores de cana, durante o período da safra, somam um total mediano de 300 mil trabalhadores no país. Disponível em: . Acesso em: 11 ago. 2020. Leia atentamente a situação a seguir: Uma usina possui hoje cerca de 200 cortadores de cana, que são subcontratados sazonalmente, uma vez que apenas uma pequena quantidade de empregados permanece empregada no período de entressafra, sabemos que a maioria desses empregados são homens, com faixa etária entre 19 e 40 anos, muitos deles não concluíram o ensino fundamental ou possuem qualificação profissional. As jornadas de trabalho de trabalho são longas, com trabalho manual pesado, repetitivo, realizado a céu aberto, no calor, entre a poeira e a fuligem da cana. Esses trabalhadores são diariamente afetados por alguns riscos: a exposição a fertilizantes e agrotóxicos e a radiações solares; acidentes de trabalho. Considerando a situação apresentada, faça uma análise do ponto de vista da higiene ocupacional citando os riscos (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes) aos quais estão expostos os trabalhadores do setor canavieiro e como futuro tecnólogo em segurança do trabalho proponha melhorias para evitar futuros acidentes e doenças de trabalho relacionados a essa atividade.
Respostas
Resposta:
Durante o corte manual, os trabalhadores ficam expostos a diversos riscos para a saúde, como: riscos físicos – condições climáticas (temperaturas elevadas, radiação solar, chuva), ruídos emitidos pelos veículos; riscos químicos – gases e material particulado da queima da cana, do solo e resíduos de pesticidas; riscos biológicos – animais peçonhentos; riscos de acidentes: traumas e de incêndio; riscos ergonômicos – posturas e movimentos repetitivos, sobrecarga física e riscos psíquicos impostos pelo ritmo de trabalho, exigência de constante atenção, concentração e falta de pausas regulares
Explicação:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102018000100507&lng=en&nrm=iso&tlng=pt#:~:text=Durante%20o%20corte%20manual%2C%20os,e%20res%C3%ADduos%20de%20pesticidas%3B%20riscos