Respostas
Resposta:
1. Como o discurso do patriarcado é inerente à nossa condição cultural, existe a argumentação que esta é uma situação “natural”. As autoras feministas questionam essa associação percebendo que as condições físicas das mulheres não são consideradas nesta afirmação, visto que ambos os gêneros são igualmente capazes de construir socialmente, trabalhar e se relacionar. Porém, a partir de um entendimento cultural do que é a biologia feminina, considerada frágil até mesmo pela ciência até o século XX, isso se estenderia a condição social da mulher, tornando-a um ser que sofre ações e não que é protagonista dessas ações.
2. A figura do pai, ou do senhor de terras, é extremamente forte na nossa sociedade a ponto de organizar por séculos as dinâmicas sociais, econômicas, políticas e domesticas. Nesta estrutura, todas as mulheres estão sujeitas a uma posição de inferioridade por sua posição ser vista como um apêndice do patriarca, destinadas a geração de filhos (legítimos ou bastardos) para domínio e herança daquele. O destino da mulher, neste sentido, é biológico pois a sua função social é apenas a construção da família e a manutenção dos filhos. Isso se torna ruim pois acaba por diminui a importância e capacidade de uma pessoa, restringindo-a a uma condição inferior, controlada por outros e sem ação social.