Duas almas
Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada,
entra, e sob este teto encontrarás carinho:
Eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho,
vives sozinha sempre, e nunca foste amada...
A neve anda a branquear, lividamente, a estrada,
e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.
Entra, ao menos até que as curvas do caminho
se banhem no esplendor nascente da alvorada.
E amanhã, quando a luz do Sol dourar, radiosa,
essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua,
podes partir de novo, ó nômade formosa!
Já não serei tão só, nem irás tão sozinha:
Há de ficar comigo uma saudade tua...
Hás de levar contigo uma saudade minha...
In: WAMOSY, Alceu. Poesia completa. Introd. Cícero Lopes.
Porto Alegre: Alves Ed. IEL: EDIPUCRS, 1994. p. 14.
Com base na ideia de que o poeta usou alegoricamente a estrada para simbolizar o estado de espírito das duas personagens, das duas almas, a única explicação que não corresponde ao texto é:
A
A estrada à noite, deserta, imensa e nua, retrata a solidão e o desamor das duas almas antes do possível encontro.
B
A neve que branqueia lividamente a estrada representa a frieza, o isolamento e o desconsolo de uma alma solitária, sem afeto, sem carinho.
C
A luz do Sol matutino traz vida e esplendor à estrada, assim como o encontro do amor, mesmo fugaz, revitaliza o espírito e faz renascer a alegria na alma triste.
D
Neve e sol, palavras conotativamente opostas pelas sugestões de frio e calor que trazem, reproduzem, no texto, as alterações emocionais pelas quais passam dois seres humanos que se descobrem no amor e afugentam a solidão.
E
A estrada sem fim, deserta, imensa e nua, é a vida desafortunada, vazia, de uma alma desesperada, que se ilude, por vezes, com o calor inútil de um sol efêmero, mas logo torna a seu costumeiro estado de tristeza e de desesperança.
gente me ajudem!
Respostas
respondido por:
1
Resposta:
eu acho q é a d me desculpe se tiver errad;
Explicação:
desculpa
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