• Matéria: Português
  • Autor: stefanyneves20pddjnf
  • Perguntado 5 anos atrás

A aventura de Chu

Regina Machado
Era uma vez dois amigos que viajavam pelo mundo. Meng e Chu passaram por
países desconhecidos, rios, vales e montanhas.
Um dia, quando atravessavam uma floresta, viram que logo ia desabar uma
tempestade. Procuraram abrigo e viram ao longe um velho templo em ruínas.
Correram para lá e foram recebidos por um velho monge muito sorridente. O monge
lhes disse:
– Amigos, quero que vocês me acompanhem até a sala dos fundos do templo. Lá
está representada uma obra de arte como não existe igual. Venham ver o bosque de
pinheiros que está pintado na parede do fundo do templo.
Ele se virou e foi devagar, arrastando os chinelos. Os dois amigos o seguiram.
Quando chegaram à última sala, ficaram maravilhados. De fato, era uma magnífica
obra de arte. Começaram a andar desde o começo da pintura, observando as árvores de
todos os tamanhos e tons de verde. Perceberam que além dos pinheiros havia outras
figuras, montanhas ao fundo, um sol dourado iluminando o céu, jovens em grupos, em
pares, conversando, colhendo flores. Chu ia na frente e, quando chegou bem no meio
da parede, parou. Ali estava uma jovem tão linda que o deixou boquiaberto. Era alta,
elegante, os olhos negros pareciam duas jabuticabas, a boca era como um morango
maduro; tinha uma cesta no braço, colhia flores e seus cabelos eram longos e negros,
penteados em duas grossas tranças até a cintura. Chu apaixonou-se imediatamente
por ela e ficou ali parado, contemplando cada detalhe daquela jovem tão bela.
Chu não sabe quanto tempo ficou ali, até que de repente sentiu como se estivesse
flutuando, seus pés não tocavam o chão. Olhou à sua volta e viu um sol dourado


iluminando o céu, ouviu vozes e percebeu que eram das jovens que ele tinha visto
pintadas na parede. Foi então que se deu conta de que estava dentro do quadro.
Quando se refazia do susto, viu a jovem de quem tinha gostado, um pouco mais
adiante. Ela olhou para ele, sorriu, jogou as tranças para trás e saiu correndo. Ele a
seguiu até que ela chegou a um jardim cheio de pequenas flores coloridas, que ficava
em volta de uma casa toda branca. Ela atravessou o jardim e parou diante da porta.
Quando Chu se aproximou, eles entraram e ficaram parados em pé, um diante do
outro, bem no meio daquele aposento silencioso.
Eles se abraçaram, e Chu sentiu que amava aquela jovem como se fosse desde
sempre. Então, eles foram para a cama e na manhã seguinte eram marido e mulher.
A jovem se levantou e foi pentear seus longos cabelos, mas agora não fez as duas
tranças, e sim um coque na nuca, como era o costume das mulheres casadas.
Enquanto conversavam, ouviram barulhos estranhos lá fora, passos pesados, sons de
correntes. A jovem ficou pálida, fez um sinal para Chu não dizer nenhuma palavra.
Foram até uma fresta da porta e espiaram para fora.
Viram um ser descomunal, inteiramente vestido com uma armadura de ferro.
Com olhos ameaçadores, ele carregava nas mãos um chicote, grilhões e uma
corrente. Ele disse para as jovens do quadro que estavam à sua volta, apavoradas:
– Afastem-se. Sei que há um ser humano entre nós, não adianta esconder. Agora
vou vasculhar dentro da casa, tenho certeza de que ele está lá.
A jovem ficou mais pálida ainda e disse:
– Chu, depressa, esconda-se embaixo da cama, não dá tempo de mais nada.
Chu mal teve tempo de correr para debaixo da cama quando viu a porta se abrir.
Duas botas de ferro entraram para dentro do quarto.
Enquanto isso, Meng olhava o quadro, e deu por falta do amigo. Perguntou ao
velho monge onde ele estava e o velho monge respondeu:
– Não se preocupe, ele não foi muito longe, não.
Batendo com os dedos na parede, chamou com voz tranquila:
– Volte, senhor Chu. Já é tempo de encontrar seu amigo outra vez!
Nesse momento, Chu foi saindo de dentro da parede.
– Onde você esteve? – perguntou Meng.
– Eu não sei – disse ele. – Estava embaixo da cama, ouvi um barulho terrível, saí
para ver o que era e sem saber como, cheguei de novo nessa sala.
Os dois amigos voltaram a olhar o quadro desde o começo para se despedirem
dele. Chu ia na frente; quando chegou no meio da parede, aquela jovem estava
lá. Alta, elegante, os olhos como duas jabuticabas, a boca lembrava um morango
maduro e ela colhia flores. Mas seus cabelos não estavam mais penteados em
tranças, agora eles formavam um coque na nuca, como era o costume das mulheres
casadas, naquele lugar.
Os dois amigos desceram as escadarias do templo em silêncio. A chuva já tinha
parado e eles se foram sem dizer palavra. A viagem continua

O narrador participa da história como se fosse um personagem (1a
pessoa) ou conta o que viu, ouviu, ou sabia (3a pessoa)? Justifique sua resposta transcrevendo um trecho do texto.

Respostas

respondido por: Victorya2009
0

Resposta:

1) sim

2)nao sei

3)essa é por sua conta aluno (a)

*resposta individual*

Explicação:

é isso.bons estudos

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