• Matéria: História
  • Autor: uncferreira
  • Perguntado 5 anos atrás

A) Como os presidentes cabanos trataram os setores mais radicais do movimento?

B) Qual medida foi tomada por Soares de Andréa para pacificar a provincia?​

Respostas

respondido por: halanamaria
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Resposta:

A) Iniciava-se a Cabanagem, a mais importante revolta popular da Regência. Esse nome indicava a origem social de seus integrantes, os cabanos, moradores de casas de palha. Foi “o mais notável movimento popular do Brasil, o único em que as camadas pobres da população conseguiram ocupar o poder de toda uma província com certa estabilidade”, segundo o historiador Caio Prado Júnior.

As forças militares foram extremamente violentas, incendiando a fazenda de Malcher e prendendo-o juntamente com outros líderes. Revoltado, o povo de Belém acompanhava os acontecimentos. O destacamento militar de Abaeté se rebelou em protesto contra a perseguição feita a Eduardo Angelim. Após a morte de Batista Campos, o grupo se rearticulou em quatro frentes e atacou Belém. Com a adesão de guarnições da cidade, a vitória foi total. O presidente da província, Lobo de Souza, e o comandante das tropas portuguesas foram mortos, e os revoltosos, soltos. Malcher foi aclamado presidente da província.

Iniciava-se o primeiro governo cabano. Sem muitas lideranças, o povo escolheu Clemente Malcher, por ser um homem respeitado por todos. Porém, ele continuava com “cabeça” de fazendeiro e começou a tomar atitudes que os cabanos consideraram traição

B) O movimento conhecido como Cabanagem desenvolveu-se no Grão-Pará; os episódios principais deram-se na cidade de Belém e nos sertões de Acará e de Cametá.

Os grandes espaços e a fisiografia hostil dificultaram o conhecimento da área norte do país e a civilização ficou restrita às margens dos cursos d’água. O clima equatorial, quente e úmido, e a vegetação exuberante, dificultando os movimentos por terra, constituíram outros fatores que restringiram a conquista da região.

As ligações difíceis e demoradas com a capital do país levaram os portugueses a pretender, mesmo depois da Independência, manter o controle da área.

A foz do Amazonas apresenta especial importância para o controle da região; os conquistadores compreenderam isto e procuraram construir ali fortificações e estabelecer povoações que garantissem a manutenção do domínio.

A segurança de Belém e das vilas próximas era motivo de preocupação para o Império, tanto quanto o extremo sul, em razão dos interesses estrangeiros.

A população da Província, em meados de século XIX, era de cerca de 150 mil pessoas e constituída basicamente de mestiços e índios, com participação minoritária de brancos e negros. O mestiço, descendente de branco e índio, era o elemento ativo na vida provincial, caracterizando-se por seu temperamento calmo e franco e por sua devoção religiosa. As condições de vida tornaram-no desconfiado, obstinado e deram-lhe sobretudo um sentimento de frustração ante o colonizador português, conquistador vitorioso, envolto em privilégios na ordem política e social e cheio de desprezo pela população local; membro da minoria espoliadora capaz apenas de ver interesses pessoais e lucros financeiros.

As relações entre o nativo da região e o português eram tensas e os pontos de vista antagônicos e inconciliáveis.

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