Segundo a opinião do pesquisador as queimadas são de origem humana Explique os argumentos do cientistas
Respostas
Resposta:
Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que cinco estados brasileiros tiveram um maior aumento no número de queimadas desde o início do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Só no Mato Grosso do Sul o aumento foi de 260% em relação a 2018. Mas qual é a consequência das queimadas das florestas para as cidades?
X
logo
ASSINE
Meio Ambiente
Cientistas explicam como as queimadas afetam a população das cidades brasileiras
Fumaça que escureceu o céu de São Paulo na última segunda-feira (19) aumentou a preocupação de pesquisadores em relação aos efeitos das queimadas que se espalham pelo país
22.8.2019 | CARINA BRITO
Globo+
A fumaça das queimadas pode chegar até as cidades (Foto: Wikimedia Commons)
A FUMAÇA DAS QUEIMADAS PODE CHEGAR ATÉ AS CIDADES (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS)
Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que cinco estados brasileiros tiveram um maior aumento no número de queimadas desde o início do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Só no Mato Grosso do Sul o aumento foi de 260% em relação a 2018. Mas qual é a consequência das queimadas das florestas para as cidades?
Segundo a professora Marcia Yamasoe, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, as queimadas podem, sim, causar efeito nas cidades. Um exemplo foi o que aconteceu em São Paulo na última segunda-feira (19), quando o céu ficou completamente escuro às três horas da tarde.
Por meio de imagens da NASA, é possível observar que no dia 18 de agosto existiam focos de queimada na região da Amazônia, Rondônia, Acre e Bolívia. “O vento predominante nesta região em geral é o de leste, que encontra a Cordilheira dos Andes e é obrigado a desviar por causa da barreira”, diz a professora Yamasoe.
RONDÔNIA, ACRE E BOLÍVIA (FOTO: NASA)
Ela explica que o caminho natural dessa fumaça era ir para a região Sul, mas uma frente fria entrou no caminho e fez essa fumaça realizar um "desvio" para São Paulo. “Caso a frente fria não tivesse chegado em São Paulo, a fumaça teria ido para o Rio Grande do Sul e para a Argentina”.
Segundo a meteorologista Josélia Pegorim, os paulistas sentiram o ar que a população de estados como Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Maranhão estão convivendo por semanas consecutivas durante o inverno, especialmente no fim da estação, quando as queimadas se intensificam e se alastram pelo país. “Não chove, o ar fica muito seco e quase sem nuvens, mas não se vê o azul do céu, só o amarelado da fumaça e o sol escondido por ela" etc.