Respostas
Resposta: Os costões são encontrados em alguns pontos do litoral brasileiro localizados principalmente na região Sudeste, onde as rochas praticamente mergulham no mar e sofrem intensa ação das ondas. Raramente ocupam grandes extensões e são separados por trechos de praias.
Por serem formados por maciços rochosos e apresentarem uma alta energia de retrabalhamento de materiais, esses ambientes abrigam uma diversidade biológica moderada que apresentam um gradiente vertical de zonação.
A ocupação da rocha ocorre da seguinte maneira: inicialmente há a fixação das algas verdes, que oferecem abrigo e alimento às larvas de cracas e mexilhões. Há intensa competição de espaço por essas duas espécies. Diferentes organismos fixam-se nas rochas, de acordo com seus padrões de zonação, que dependem do nível das marés, da luminosidade, da transparência da água e da profundidade em que a luz penetra, assim temos:
Zona Entre-Marés: caranguejos e outros raspadores que se alimentam de algas;
Zona Submersa: sargaços e ouriços;
Zona Acima das Marés: organismos que suportam exposições mais demoradas ao ar. Microalgas, liquens que servem de alimento para litorinas, lapas e baratinhas d´água.
Os substratos rochosos oferecem alimento e proteção para várias espécies de peixes. Nos costões pode-se fisgar espécies típicas de rochas como garoupas, badejos, marimbás, caranhas e sargos, assim como peixes que habitam regiões arenosas, pampos, corvinas e linguados, e aqueles que passam em cardumes como enchovas, xereletes, xaréus, vermelhos e olhos-de-cão, sem falar nos robalos que também freqüentam os locais rochosos. Outras espécies como peixes-porco, maria-da-toca, baiacus, cocorocas, salemas, pargos, pirangicas, moréias, budiões, carapebas, bocas de fogo também são encontradas nos costões.