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Aeroporto Internacional de Miami. Os passageiros com destino a Cuba chamam a atenção por causa da bagagem: comida, roupa.
As malas gigantescas são um jeitinho encontrado pelos cubanos para quebrar o embargo econômico. A proibição dos Estados Unidos de que empresas americanas vendam produtos em Cuba vai completar 50 anos em janeiro. O plástico de proteção é uma tentativa de evitar que objetos sejam roubados das malas na chegada a Havana. Os passageiros têm medo até de falar sobre a viagem.
“Não dou entrevista”, diz uma mulher.
Alguns despacham mais de 200 quilos, além da cota de duas malas autorizada pela companhia aérea.
Gladys é cubana, mas também tem cidadania europeia porque os avós eram espanhóis. Por isso, conseguiu autorização do governo cubano para sair do país por 90 dias. Foi para os Estados Unidos, trabalhou como empregada doméstica, juntou dinheiro, pagou o equivalente a R$ 800 pela passagem, mais R$ 800 por excesso de peso.
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