• Matéria: Português
  • Autor: valeriagoisfofa
  • Perguntado 5 anos atrás

Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?

Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes

Embuçado nos céus?

Há dois mil anos te mandei meu grito,

Que embalde desde então corre o infinito...

Onde estás, Senhor Deus?...

Qual Prometeu tu me amarraste um dia

Do deserto na rubra penedia

— Infinito: galé! ...

Por abutre — me deste o sol candente,

E a terra de Suez — foi a corrente

Que me ligaste ao pé...

O cavalo estafado do Beduíno

Sob a vergasta tomba ressupino

E morre no areal.

Minha garupa sangra, a dor poreja,

Quando o chicote do simoun dardeja

O teu braço eternal.

Minhas irmãs são belas, são ditosas...

Dorme a Ásia nas sombras voluptuosas

Dos haréns do Sultão.

Ou no dorso dos brancos elefantes

Embala-se coberta de brilhantes

Nas plagas do Hindustão.

Por tenda tem os cimos do Himalaia...

Ganges amoroso beija a praia

Coberta de corais ...

A brisa de Misora o céu inflama;

E ela dorme nos templos do Deus Brama,

— Pagodes colossais...

A Europa é sempre Europa, a gloriosa! ...

A mulher deslumbrante e caprichosa,

Rainha e cortesã.

Artista — corta o mármor de Carrara;

Poetisa — tange os hinos de Ferrara,

No glorioso afã! ...

Sempre a láurea lhe cabe no litígio...

Ora uma c'roa, ora o barrete frígio.
como passar este poema para prosa?​

Respostas

respondido por: davicyber96
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Resposta:

Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes, embuçado nos céus? Há dois mil anos te mandei meu grito, que embalde desde então corre o infinito... Onde estás, Senhor Deus?... Qual Prometeu tu me amarraste um dia do deserto na rubra penedia? O galé é infinito, me deste o sol candente e a terra de Suez por abutre e foi a corrente que me ligaste ao pé. O cavalo estafado do Beduíno, sob a vergasta tomba ressupino e morre no areal. Quando o chicote do simoun dardeja o teu braço eternal,inha garupa sangra, a dor poreja, minhas irmãs são belas, são ditosas.

Dorme a Ásia nas sombras voluptuosas, dos haréns do Sultão, ou no dorso dos brancos elefantes e embala-se coberta de brilhantes nas plagas do Hindustão. Por tenda tem os cimos do Himalaia e Ganges amoroso beija a praia, coberta de corais. A brisa de Misora o céu inflama e ela dorme nos templos do Deus Brama, pagodes colossais.

A Europa é sempre Europa, a gloriosa! A mulher deslumbrante e caprichosa, rainha e cortesã.

Artista, corta o mármor de Carrara; Poetisa, tange os hinos de Ferrara, no glorioso afã! Sempre a láurea lhe cabe no litígio. Ora uma c'roa, ora o barrete frígio.

Explicação:

Para passar um texto em versos pra prosa basta mudar o formato dele pra um texto normal, mudando a ordem de algumas palavras e acrescentando a pontuação correta.

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