Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?...
Qual Prometeu tu me amarraste um dia
Do deserto na rubra penedia
— Infinito: galé! ...
Por abutre — me deste o sol candente,
E a terra de Suez — foi a corrente
Que me ligaste ao pé...
O cavalo estafado do Beduíno
Sob a vergasta tomba ressupino
E morre no areal.
Minha garupa sangra, a dor poreja,
Quando o chicote do simoun dardeja
O teu braço eternal.
Minhas irmãs são belas, são ditosas...
Dorme a Ásia nas sombras voluptuosas
Dos haréns do Sultão.
Ou no dorso dos brancos elefantes
Embala-se coberta de brilhantes
Nas plagas do Hindustão.
Por tenda tem os cimos do Himalaia...
Ganges amoroso beija a praia
Coberta de corais ...
A brisa de Misora o céu inflama;
E ela dorme nos templos do Deus Brama,
— Pagodes colossais...
A Europa é sempre Europa, a gloriosa! ...
A mulher deslumbrante e caprichosa,
Rainha e cortesã.
Artista — corta o mármor de Carrara;
Poetisa — tange os hinos de Ferrara,
No glorioso afã! ...
Sempre a láurea lhe cabe no litígio...
Ora uma c'roa, ora o barrete frígio.
como passar este poema para prosa?
Respostas
Resposta:
Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes, embuçado nos céus? Há dois mil anos te mandei meu grito, que embalde desde então corre o infinito... Onde estás, Senhor Deus?... Qual Prometeu tu me amarraste um dia do deserto na rubra penedia? O galé é infinito, me deste o sol candente e a terra de Suez por abutre e foi a corrente que me ligaste ao pé. O cavalo estafado do Beduíno, sob a vergasta tomba ressupino e morre no areal. Quando o chicote do simoun dardeja o teu braço eternal,inha garupa sangra, a dor poreja, minhas irmãs são belas, são ditosas.
Dorme a Ásia nas sombras voluptuosas, dos haréns do Sultão, ou no dorso dos brancos elefantes e embala-se coberta de brilhantes nas plagas do Hindustão. Por tenda tem os cimos do Himalaia e Ganges amoroso beija a praia, coberta de corais. A brisa de Misora o céu inflama e ela dorme nos templos do Deus Brama, pagodes colossais.
A Europa é sempre Europa, a gloriosa! A mulher deslumbrante e caprichosa, rainha e cortesã.
Artista, corta o mármor de Carrara; Poetisa, tange os hinos de Ferrara, no glorioso afã! Sempre a láurea lhe cabe no litígio. Ora uma c'roa, ora o barrete frígio.
Explicação:
Para passar um texto em versos pra prosa basta mudar o formato dele pra um texto normal, mudando a ordem de algumas palavras e acrescentando a pontuação correta.