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Resposta: SÃO PAULO – Em menos de 20 anos, o Brasil quer garantir o saneamento básico como um direito social. Através do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), iniciado em 2014, o governo pretende universalizar o abastecimento de água até 2023 e atender ao menos 93% da população com rede de esgoto até o ano de 2033. As metas são ousadas, e o próprio Ministério das Cidades disse isso no início deste ano.
“Olhando no horizonte com olhos de hoje, fica realmente difícil de, neste ritmo, atingir a meta”, admitiu Paulo Ferreira, na época secretário Nacional de Saneamento Ambiental. O atraso das ações, diz o governo, se deve a falta de recursos, problemas de gestão nos municípios e conflitos relacionados ao licenciamento ambiental.
E o desafio não é pequeno. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o Brasil ainda tem mais de 35 milhões de brasileiros sem acesso aos serviços de água potável, metade da população sem coleta de esgoto e apenas 40% dos esgotos tratados. É um cenário que não combina com 9ª maior potência econômica do mundo e tem prejudicado o desenvolvimento do País em diversos setores, especialmente na Saúde.
Só o Sistema Único de Saúde (SUS) gastou R$ 140 milhões por internações com diarreia em 2013. Estima-se que 76 mil dos casos aconteceram pela falta de saneamento. Isso sem contar o empurrãozinho que o mosquito aedes aegypti ganha para espalhar dengue, Zika e chikungunya. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), não há maneira mais efetiva para combater o mosquito, senão investir em saneamento básico.