(Fuvest-SP-adaptada) —
Oh! eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh'alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n'amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
– Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
Nesta estrofe de Mocidade e morte, de Castro Alves, reúnem-se, como numa espécie de súmula, vários dos temas e aspectos mais característicos de sua poesia. São eles:
A
Identificação com a natureza, erotismo franco, exotismo.
B
Aspiração de amor e morte, titanismo, sensualismo, exotismo
C
Sensualismo, aspiração de absoluto, nacionalismo, orientalismo
D
Aspiração de amor e morte, condoreirismo, hipérboles, orientalismo
E
Personificação da natureza, hipérboles, sensualismo velado, exotismo
Respostas
Resposta:
Resposta A
Explicação:
Como temática geral do romantismo, há no poema a identificação idealizada com a natureza, presente na referência à “flor silvestre”, ao “mar” e à “palmeira”. Além disso, a abordagem da temática erótica em Castro Alves se dá de forma mais direta que a feita por outros poetas do mesmo período.
Resposta: Alternativa (A)
Explicação:
Castro Alves é o principal autor da 3ª Geração Romântica. Em sua poesia lírica, percebemos a sensualização feminina, afastando-se da idealização amorosa e que coloca a amada como um elemento inatingível. Os versos “No seio da mulher há tanto aroma…/Nos seus beijos de fogo há tanta vida…” confirmam esse nova posição da mulher, descrita pelo eu lírico. Ademais, o autor relaciona o cenário natural com o seu envolvimento amoroso.