• Matéria: Filosofia
  • Autor: areiasmiguel24
  • Perguntado 5 anos atrás

Na democracia todos os cidadãos têm direito e deveres iguais perante a lei. Mas vimos que nem t odos eram cidad ãos na Grécia antiga. Então, podemos concluir que a cidadania na democracia é um direito, mas também uma conquista de 28 alguns setores d a sociedade. Por exemp lo: no Brasil, por muito tempo, os an alfabetos não podiam votar. Ou seja, eram excluídos do processo democrático.
Leia o texto apresentado a seguir e reflita antes de responder:

“No que d iz respeito aos sujeitos chamados a tomar (ou colaborar para a tomada de) decisões coletivas, um regime democrático caracteriza-se por atribuir este poder (que estando autorizado pela lei fundamental torna-se um direito) a um número muito elevado d e membros do grupo. Percebo que "número muito elevado" é uma expressão vaga. No entanto, os discursos políticos inscrevem-se no universo do "aproximadamente", e do "na maior parte das vezes" e, além disto, é impossível dizer "todos" porque mesmo no mais perfeito regime democrático não votam os indivíduos que não atingiram uma certa idade. A omnicracia, como governo de todos, é um ideal-limite.

“(BOBBIO, Norberto. O Futuro da Democracia. Uma defesa das regras do jogo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. p. 19)

Segundo o enunciado, a democracia é realmente o governo de todos? Justifique a sua resposta.

Respostas

respondido por: perolasouza21
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Resposta:

Na  democracia,  aind a  qu e  todos  os  cidadãos  tenham  os  mesmos direitos,  o  que  podemos  ter  é  um  governo  da  maioria.  Ou  seja,  na  prática,  o  poder não  é  exercido  por  todos,  mas  por  uma  grande  parte  de  cidadãos.  O  ideal  da democracia  é  a   participação  de  todos ,  mas  na   prática  isso   se  limita  a  uma  maioria (que  é  no  mínimo,  50%  +  01).  O  ideal  democrático    só  pode  ser  atingido  por proximidade.  Assim,  quando  votamos  para  escolher  nossos  representantes,  certos setores  defendem  um  candidato  e  outros  defendem  outros.  Quem  tiver  mais  votos ganha, mas ao  ser eleito, o  vencedor deve governar  para todos e  não somente para a parcela  que  o  elegeu.  Isso  representa  tensões  inerentes  à  própria  democracia  que tem  como  característica  inerente  ao  conceito,  o  conflito  de  interesses.  O  que  temos é um caminhar político através do consenso, a partir da vontade da maioria.

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