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Resposta:
Houve épocas na história em que ele foi visto como castigo divino devido à desobediência dos nossos antepassados à ordem proibitiva do paraíso. O desenvolvimento da indústria no século XIX e o surgimento do capitalismo industrial a partir do século XX colocaram a Igreja diante de graves desafios no que diz respeito à preservação e promoção da vida dos trabalhadores.O sujeito que trabalhava não era considerado e respeitado em sua dignidade humana, tornando-se mais uma “coisa” ou ferramenta na linha de produção. A Igreja, atenta à missão de Jesus e desejosa de continuar fazendo o que Ele fazia, não fica alheia à realidade dos homens e mulheres desta terra, e se ocupa, em sua doutrina social, também da questão do trabalho humano. Desde o início da sistematização da Doutrina Social da Igreja com a publicação da magistral encíclica leonina “Rerum Novarum”, trabalho e capital tem estado em constante conflito. O trabalho humano foi reduzido a meio de enriquecimento e o trabalhador tornou-se “coisa” que produz riqueza. Diante disso, João Paulo II quer reafirmar, com pressupostos antropológicos, a primazia do trabalho sobre o capital. O capital é um conjunto de coisas gerado pelo trabalho, enquanto que o homem que trabalha é pessoa, feito à imagem e semelhança de Deus. Nisso está o valor do trabalho.