HISTÓRIA ESTRANHA
Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com
quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua
babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco
e a babá.
Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente
aproximou-se um homem e... O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha
nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda
é o tempo.
Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não
encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás.
O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido:
quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser sentimental!
O texto 1 provoca uma expectativa no leitor pela situação incomum criada pelo enredo. A estranheza dessa
história deve-se, principalmente, ao fato de que nela:
A) o narrador não tem conhecimento dos pensamentos dos personagens.
B) o homem de quarenta e poucos anos apresenta problemas de memória.
C) o passado e o presente se encontram simultaneamente.
D) o menino e o homem de quarenta e poucos anos não se conheciam.
E) a maioria das frases está na ordem inversa.
Respostas
respondido por:
1
Resposta:
Com certeza é a C, percebe-se que o "eu" do passado se encontra com o "eu" do futuro.
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