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A morte de Benito Mussolini, o ditador fascista italiano, aconteceu em 28 de abril de 1945, nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial na Europa, quando foi executado sumariamente por partisans anti-fascistas no vilarejo de Giulino di Mezzegra no Norte da Itália. A versão "oficial" dos eventos é que Mussolini foi alvejado por Walter Audisio, um partisan comunista que usava o nome de guerra de "Coronel Valerio". Entretanto, desde o fim da guerra, as circunstâncias da morte de Mussolini e a identidade do assassino fazem parte de constantes confusões, disputas e controvérsias na Itália.
Em 1940 Mussolini levou a Itália para a Segunda Guerra Mundial, lutando ao lado da Alemanha Nazista. Em 1945, foi reduzido a um líder de um estado fantoche alemão no norte da Itália, tendo confrontado o avanço dos Aliados a partir do sul e o crescente aumento nos conflitos internos com os partisans. Em abril de 1945, com os Aliados rompendo as últimas defesas alemãs no norte da Itália e com o aumento nas revoltas tomando conta das cidades, a posição de Mussolini logo tornou-se insustentável. Em 25 de abril fugiu de Milão onde mantinha uma base e tentou escapar pela fronteira com a Suíça. Junto com sua amante Claretta Petacci, foram capturados em 27 de abril por partisans da região próximos ao vilarejo de Dongo no Lago Como. Mussolini e Petacci foram executados a tiros na tarde seguinte, dois dias antes do suicídio de Hitler.
Os corpos de Mussolini e Petacci foram levados para Milão onde ficaram expostos em uma praça, a Piazzale Loreto, para um multidão enfurecida que gritava insultos e atirava objetos nos corpos, que ficaram pendurados de cabeça para baixo em uma viga de metal. Mussolini foi enterrado em uma cova sem nome, porém em 1946 seu corpo foi desenterrado e roubado por apoiantes fascistas. Quatro meses mais tarde o corpo foi recuperado e mantido em um esconderijo pelos próximos onze anos. Em 1957, seus restos mortais foram disponibilizados para serem enterrados na cripta da família Mussolini na sua cidade-natal, Predappio. Seu mausoléu tornou-se um lugar de peregrinação para os simpatizantes de sua ideologia e o aniversário de sua morte é marcado por encontros de neofascistas .
Nos anos pós-guerra, a versão oficial da morte de Mussolini tem sido questionada na Itália (porém, no geral, não internacionalmente) onde se traça uma comparação com as teorias da conspiração do assassinato de John F. Kennedy. Jornalistas, políticos e historiadores duvidam da veracidade da versão de Audisio, levantando uma grande variedade de teorias e especulações sobre o modo que ocorreu a morte de Mussolini e quem é o responsável. Pelo menos doze pessoas em diferentes épocas assumiram a culpa do assassinato. Entre essas pessoas estão Luigi Longo e Sandro Pertini que se tornaram em seguida, Secretário Geral do Partido Comunista Italiano e Presidente da Itália, respectivamente. Diversos escritores também acreditam que a morte de Mussolini foi parte de uma missão das forças especiais britânica. O objetivo da missão seria recuperar acordos secretos e correspondências entre Winston Churchill e Mussolini. Entretanto a versão de Audisio permanece como a versão oficial e a mais credível de todas.
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