A seca e o inverno
Na seca inclemente no nosso Nordeste
O sol é mais quente e o céu, mais azul
E o povo se achando sem chão e sem veste
Viaja à procura das terras do Sul
Porém quando chove tudo é riso e festa
O campo e a floresta prometem fartura
Escutam-se as notas alegres e graves
Dos cantos das aves louvando a natura
Alegre esvoaça e gargalha o jacu
Apita a nambu e geme a juriti
E a brisa farfalha por entre os verdores
Beijando os primores do meu Cariri
De noite notamos as graças eternas
Nas lindas lanternas de mil vaga-lumes
Na copa da mata os ramos embalam
E as flores exalam suaves perfumes
Se o dia desponta vem nova alegria
A gente aprecia o mais lindo compasso
Além do balido das lindas ovelhas
Enxames de abelhas zumbindo no espaço
E o forte caboclo da sua palhoça
No rumo da roça de marcha apressada
Vai cheio de vida sorrindo e contente
Lançar a semente na terra molhada
Das mãos deste bravo caboclo roceiro
Fiel prazenteiro modesto e feliz
É que o ouro branco sai para o processo
Fazer o progresso do nosso país
1. Do que trata o cordel?
2. Na primeira estrofe, o que significa dizer que o povo viaja à procura das terras do Sul?
3. Os demais versos do poema são uma contraposição ao primeiro. Por quê?
4. De acordo com o poema, o que a chuva traz para o povo nordestino?
5. Justifique o título do texto.
Respostas
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Resposta:
1.São poemas rimados e impressos em folhetos e pendurados em cordas, “os cordéis!”, que são vendidos em feiras livres, com temas regionais, personagens locais, lendas folclóricas além de questões sociais, é uma expressão popular caracterizada pela declamação de poemas.
2. O povo foge da seca e procura as terras do Sul.
3.) Quando chove tudo muda, a alegria volta a florescer naquele local sem esperança no porvir.
4.) A possibilidade da sobrevivência.
5.) No inverno chove o que promove a sobrevivência, a seca é no verão.
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