• Matéria: Filosofia
  • Autor: babu992
  • Perguntado 5 anos atrás

as palavras nao servem para nomear as coisas,mas tambem para construir e reconstruit significados. justifique essa afirmaçao

Respostas

respondido por: feliperegistro7
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Resposta:

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Explicação:

O conceito de "aprendizagem ao longo da vida" permanece maldefinido. Que nós aprendemos durante toda a nossa vida, é evidente. Desde nossos primeiros passos e de nossas primeiras palavras até a nossa idade mais avançada, fazemos experiências novas, adquirimos novos saberes e novas competências. Somos quase tão inconscientes do modo que temos de aprender, quanto do fato de respirarmos. Certamente aprendemos na escola e também na universidade e nos estabelecimentos de formação, mas mesmo nesses lugares instituídos de formação e de aprendizagem, o que aprendemos de verdadeiramente importante, freqüentemente, não tem nada a ver com os programas oficiais. Experimentamos situações, adquirimos habilidades, testamos nossas emoções e nossos sentimentos na "escola" mais efetiva que há: a "universidade da vida" (Field, 2000). Portanto, aprendemos e nos formamos nas conversas com os amigos, assistindo à televisão, lendo livros, folheando catálogos ou navegando na Internet, tanto quanto quando refletimos e quando fazemos projetos. Pouco importa se essa maneira de nos formarmos é trivial ou requintada: não podemos alterar o fato de que somos aprendentes "no longo curso" da vida.

Nos debates dos últimos trinta anos sobre política da formação particularmente na última década , o conceito de aprendizagem ao longo da vida tomou uma dimensão estratégica e funcional. É a ele que se recorre para definir as missões de formação das sociedades pós-modernas. O mais importante documento europeu sobre a política de formação, o Memorandum sobre a educação e a formação ao longo da vida, ratificado em março de 2000 em Lisboa, pela Comissão Européia, define: "a aprendizagem ao longo da vida (lifelong learning) não é apenas mais um dos aspectos da educação e da aprendizagem; ela deve se tornar o princípio diretor que garante a todos o acesso às ofertas de educação e de formação, em uma grande variedade dos contextos de aprendizagem" (Commission of the European Communities, 2000, p. 3).

Duas razões principais são evocadas para justificar essa afirmação:

A Europa tornou-se uma sociedade fundamentada no conhecimento e na economia. Mais do que em tempos passados, o acesso às informações e aos conhecimentos mais recentes, assim como a motivação e os saberes necessários à utilização inteligente, pessoal e coletiva desses recursos tornaram-se a chave da competitividade européia, além de serem igualmente benéficos à empregabilidade e à adaptabilidade da força de trabalho;

Os europeus vivem, atualmente, em um mundo social e político complexo. Os indivíduos, muito mais do que antes, querem planejar suas vidas, esperam contribuir ativamente para a sociedade e devem aprender a viver positivamente na sua diversidade cultural, étnica e lingüística. A educação, no seu sentido mais amplo, é a chave para aprender e compreender como superar esses desafios. (Commission of the European Communities, 2000, p. 5)

Essa dupla motivação, ainda que restrinja o conceito apenas à dimensão funcional, permite contudo precisar sua definição. O Memorandum estipula claramente que a educação ao longo da vida concerne a todas as atividades significativas de aprendizagem, tais como:

Processos de aprendizagem formais que ocorrem nas instituições de formação clássicas e que são, geralmente, validados por certificações socialmente reconhecidas;

processos de aprendizagem não formais que se desenvolvem habitualmente fora dos estabelecimentos de formação institucionalizados nos locais de trabalho, em organismos e associações, no seio de atividades sociais, na busca por interesses esportivos ou artísticos;

processos de aprendizagem informais, que não são empreendidos intencionalmente e que "acompanham" incidentalmente a vida cotidiana. (Commission of the European Communities, 2000, p. 8)

O interesse dessa nova compreensão do conceito de educação reside em estabelecer a sinergia desses diferentes modos de aprendizagem. A aprendizagem não deve ser somente, e sistematicamente, ampliada para toda a duração da vida. Ela deve também se desenvolver "lifewide", quer dizer, generalizar-se para todos os domínios da vida, para isso estabelecem-se, portanto, ambientes de aprendizagem nos quais os diferentes modos de aprendizagem encontram-se para complementarem-se organicamente.

A dimensão do 'lifewide learning' (educação abarcando todos os aspectos da vida) enfatiza a complementaridade entre aprendizagens formais, não formais e informais. (Commission of the European Communities, 2000, p. 9)

Entendida desse modo, a educação ao longo da vida parece responder no primeiro plano a uma necessidade econômica e social. Ela não diz respeito apenas a elites tradicionais, mas a todos os membros da sociedade. O Livro branco da educação ao longo da vida, publicado pelo ministério da educação inglês em 1998, afirma em sua proposta central:

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