Sobre a mão-de-obra escrava utilizada no Brasil Colônia, responda:
a) Que razões levaram a mão-de-obra indígena ter sido substituída aos poucos, pela mão-de-obra africana?
b) Explique a frase de José Antonil: “Ao escravo cabia os 3 Ps: Pão, Pano e Pau!”
Respostas
Resposta:
a) O fato dos indígenas trabalharem o necessário para sua sobrevivência chocou-se com o trabalho intensivo e compulsório imposto pelo colonizador nas lavouras de cana-de-açúcar, a questão da produtividade era estranha a eles, além da disciplina rígida. Pela dificuldade de adaptação à cultura, muitos indígenas fugiam para as matas, ou morriam de melancolia. A pressão da Igreja Católica junto à Coroa portuguesa reivindicando leis que impedissem a escravização indígena também era outro inconveniente. Assim o colonizador se utilizou do comércio de escravos africanos para solucionar o problema da mão-de-obra na colônia.
b) Pão: o suficiente para se alimentar.
Pano: tecido para vestimenta . Apenas o necessário para se cobrir.
Pau: castigos para aprender a obedecer.
Explicação:
a) Obs: Com tantas dificuldades, os indígenas deixaram de ser o centro do escravismo e, a partir de 1758, a coroa portuguesa concedeu a legalmente libertação definitiva dos indígenas em sua colônia.
Do ponto de vista numérico, o tráfico de escravos negros alcançou seu auge entre o final do século XVIII e meados do século XIX. As culturas exportadoras de algodão nos Estados Unidos, cana-de-açúcar no Caribe e café no Brasil foram responsáveis pelo aumento do comércio escravista. Entre 1810 e 1820, calcula-se que a população africana tenha atingido quase 3 milhões no Caribe, cerca de 2,5 milhões no Brasil e 2 milhões a 2,5 milhões nos Estados Unidos. Os escravos eram obtidos com a captura feita pelos povos africanos por meio de guerras entre os reinos, estes que eram vendidos a comerciantes até o século XVIII, quase exclusivamente portugueses, seguidos de holandeses, franceses e ingleses, além de colonos baianos e fluminenses. O comércio era feito por meio da troca de mercadorias nas parcerias firmadas entre comerciantes e líderes africanos.