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Trabalho na Globalização
As relações de trabalho na globalização expressam-se pela flexibilização, terceirização e crescimento da informalidade.
O processo de globalização e internacionalização da economia esteve acompanhado de uma série de transformações nas estruturas elementares do sistema capitalista, que conheceu a sua integração mundial. Dentre essas mudanças estruturais, podemos destacar a maior fluidez na composição do comércio e da produção internacional, bem como as mudanças nos sistemas de produção nos setores primário e secundário.
Diante disso, podemos analisar uma conjuntura específica sobre o trabalho na Globalização, ou seja, as transformações ocorridas no meio trabalhista com a expansão da economia global e a composição informacional das sociedades. Em linhas gerais, podemos destacar que ocorreram significativas mudanças estratégicas para a ampliação dos lucros dos investidores, com o consequente impacto sobre a classe dos trabalhadores.
Um primeiro aspecto no cerne desse processo foi o crescimento dos processos de terceirização – também conhecido como outsourcing –, isto é, quando uma empresa contrata outra para a execução de um serviço necessário ao seu funcionamento. Um exemplo comum de terceirização são os sistemas de vigilância dos bancos executados não mais por estes, mas sim por empresas especializadas nesse tipo de serviço.
O impacto da terceirização da economia, em resumo, é o aumento da precarização do trabalho. Ao mesmo tempo em que a empresa investidora reduz os custos com o serviço realizado, a empresa terceirizada oferece uma remuneração média muito inferior aos seus funcionários, que também passam a dispor de uma menor estabilidade em seus empregos. Afinal, para o serviço terceirizado ser rentável para as empresas, o custo da terceirização precisa ser menor, o que passa pela redução da folha salarial dos empregados.
Além disso, entre os aspectos da globalização que geram impactos sobre o mercado de trabalho, podemos citar o crescimento da produção flexível, também conhecida como toyotismo. Essa modalidade da produção industrial, ao contrário do que ocorria no sistema fordista, passou a pautar-se pela flexibilização da produção, ou seja, conforme a demanda, ao passo que anteriormente a produção era em massa. No âmbito das relações de trabalho, o funcionário que antes se limitava à realização de funções mecânicas e repetitivas começou a ser mais multifuncional, ocorrência que passou a exigir maior formação técnica e um maior deslocamento no âmbito produtivo.