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Racismo é estrutural e está presente em todas as regiões do Brasil, mas cada cidade tem suas peculiaridades; desafio diário é manter-se vivo. Falar sobre as dificuldades do negro no Brasil é quase uma redundância. Com uma sociedade fundada sobre um falso conceito de democracia racial, o racismo é estrutural e está presente em todas regiões do país. Entretanto, cada estado ou cidade tem peculiaridades. Em Santa Catarina, onde 80% da população de 7,1 milhões de pessoas (estimativa do IBGE em 2019) se declara branca, 16,5% pardos e 3% se reconhecem como negros, a luta é por visibilidade. Em todo o país, pretos e pardos somam juntos 50,7% da população (segundo o censo de 2010), ultrapassando o percentual de brancos (47,7%). Temos que dizer que existimos, porque muitos pensam que não há negros no Sul e em Santa Catarina. Ao contrário do Nordeste, aqui é recente a presença negra em campanhas publicitárias. Tem gente que vem para Florianópolis e diz que não vê os negros, mas se for ao Monte Cristo, verá”, afirma a a doutora em Antropologia Social e pós-doutoranda em Ciências Humanas na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Alexandra Alencar.