INFÂNCIA
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
– Psiu… Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro… que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
Nesse texto, qual é o sentimento do eu lírico em relação a sua infância?
Angústia.
Encantamento.
Revolta.
Tristeza.
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Resposta:
Resposta: b)
Explicação:
O narrador demonstra isso em: ''E eu não sabia que a minha historia era mais bonita que a de Robinson Crusoe´.''
A ironia do historiador mostra como ele ficou encantando com a sua propria historia.
Espero ter ajudado.
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