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Getúlio Vargas, quando o golpe de estado feito pelo mesmo acabou originando o Estado Novo,ele tornou-se presidente do Brasil sem sequer fazer parte de um partido político. O DIP foi criado para controlar, centralizar, orientar e coordenar a propaganda oficial, que se fazia em torno de sua figura. Abrangia a imprensa, a literatura, o teatro, o cinema, o esporte, a recreação, a radiodifusão e quaisquer outras manifestações culturais. Os meios de comunicação oficial associavam a figura do presidente a feitos que eram de interesse de grande parte da população: os trabalhadores. As práticas do Governo Vargas, da mesma forma, traziam benefícios para estas pessoas. A Legislação Trabalhista e a crescente organização do mercado de trabalho acabaram com regimes de exploração laboral no Brasil. As cargas horárias de trabalho, que antes de seu governo eram comumente de 14, 16 horas diárias, passaram a ser de 48 horas semanais. Foram instituídas as férias remuneradas. Tais medidas, com efeito, têm caráter semelhante a feitos do Estado de Bem-Estar Social, desenvolvido em décadas subsequentes na Europa.
Mas, além de executar funções de vigilância e controle ideológico dos brasileiros, o DIP era também um instrumento de aproximação, através da propaganda oficial, entre o presidente e os trabalhadores, que foram grandemente beneficiados durante a era Vargas, com a obtenção de direitos e garantias.
Dispositivos ideológicos
Foi inspirado em modelos de outras ditaduras mundiais da década de 1930[carece de fontes], cujo primeiro papel era fazer propaganda e promover o culto à personalidade do ditador, através do caudilhismo, impondo e fabricando notícias para alcançar os formadores de opinião, mais preparados intelectualmente, mas não menos suscetíveis a esses métodos de propaganda recém aplicados mundialmente.
O decreto-lei de 8 de março de 1940 uniformizou o ensino e instituiu a obrigatoriedade da disciplina Educação Moral e Cívica nas escolas. Além disso, os alunos passaram a ter que participar de paradas, desfiles e manifestações diversas de patriotismo, em datas comemorativas como Dia da Independência, Dia da Juventude, Dia do Trabalho, Dia da Raça, Dia do Soldado e Dia da Bandeira, dentre outros.[7][8] Nessas manifestações, a efígie de Vargas também se tornou obrigatória, fazendo-o onipresente.
O DIP funcionava como instrumento na estratégia de legitimação de um novo projeto identitário nacional, empreendido pelo governo Vargas. Era um órgão de difusão cultural alinhado com os princípios do governo. Segundo Schwartzman,[9] para que este projeto fosse bem sucedido, seria indispensável "a adoção de símbolos a serem cultuados, mitos a serem exaltados e proclamados, rituais a serem cumpridos". A educação escolar era vista como elemento fundamental no processo de afirmação da nacionalidade. A Reforma Capanema, de 1942, restabeleceu a História do Brasil como disciplina autônoma, mas tendo como objetivo fundamental a formação moral e patriótica, como escreve Jonathas Serrano, um de colaboradores do governo:
Na terceira e na quarta série do curso ginasial o estudo da História do Brasil visa precipuamente à formação da consciência patriótica, através dos episódios mais importantes e dos exemplos mais significativos dos principais cultos do passado nacional. Assim como nas aulas de História Geral, serão postas em relevo as qualidades dignas de admiração, a dedicação aos grandes ideais e a noção de responsabilidade. [7]
Os livros de História do Brasil também deixariam de falar de conflitos regionais, projetando a ideia de um país unido, enaltecendo os heróis da pátria.[] Os livros escolares de literatura também enalteciam a pátria.
Explicação:
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