Respostas
Resposta:
Ao longo desta pesquisa buscamos analisar o impacto da Conferência de Bandung e da emergência do movimento dos não-alinhados na dinâmica da guerra Fria e nas relações estabelecidas entre Estados Unidos, União Soviética e os novos países “neutros”. Em particular, destacamos a relação entre a implementação dos programas de “cooperação ao desenvolvimento” de ambas as superpotências e a nova gama de países neutralistas na periferia global. O objetivo é identificar, através da perspectiva da geopolítica, sob quais condições a política externa neutralista pôde servir como uma ferramenta efetiva para a viabilização de programas de desenvolvimento socioeconômicos nos Estados pós-coloniais. Para este fim, nós propomos um estudo da política externa egípcia e sua relação com Estados Unidos e União Soviética no que concerne a formalização de acordos de cooperação econômica (técnica, financeira, comercial) e militar (técnica, armamentos). O período faz referência ao auge da política neutralista egípcia durante o governo do presidente Gamal Nasser, entre a Conferência de Bandung (1955) e a Conferência de Cartum (1967). Para o contexto descrito, defendemos o seguinte ponto de vista: o Estado egípcio pôde extrair vantagens dos acordos de cooperação internacional durante a Guerra fria enquanto foi capaz de projetar a si mesmo, e por vezes ao seu entorno regional, como os novos espaços de confrontação da rivalidade bipolar. Dito de outro modo, a projeção de poder estatal sobre a esfera regional permitiu ao neutralismo egípcio multiplicar as zonas de fricção do conflito bipolar sobre o Oriente Médio, fortalecendo sua estatura internacional e, conseqüentemente, a condição de “ponte” entre os interesses das duas superpotências e o entorno árabe.
Explicação:
Bom, eu não sei se isso realmente esta certo. Verifique com o(a) seu(sua) professor(a).