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A morfologia é a parte da gramática que estuda a palavra em sua estrutura interna, ou seja, como ela se divide internamente e à qual classe gramatical pertence. A fim de facilitar o estudo, as palavras são divididas em morfemas (unidades mínimas com significado). Um dos morfemas que compõem as palavras é o afixo (morfema colocado antes ou depois do radical). Se forem colocados antes, classificam-se como prefixos, se colocados depois, de sufixos.
O acréscimo dos afixos faz com que novas palavras sejam criadas. Por exemplo, ao verbo fazer, se acrescentarmos um prefixo, formaremos a palavra desfazer. Se ao adjetivo belo for acrescido um sufixo, formaremos o substantivo beleza. É importante atentar para o seguinte aspecto: ao acrescentarmos um prefixo, cria-se uma nova palavra, com outros significados, mas sem modificação de classe gramatical. No exemplo citado, perceba que fazer e desfazer classificam-se como verbo, ou seja, possuem a mesma classe gramatical. Já quando há acréscimos de sufixos, além da formação de uma nova palavra, esta poderá ter uma nova classe gramatical.
Os sufixos podem ser nominais (formadores de substantivos e adjetivos), verbais (quando formam verbos) e adverbiais (quando formam advérbios). De acordo com a função de cada sufixo, classificam-se em: derivacionais (formadores de novas palavras a partir do processo de sufixação) e flexionais (que transmitem a informação sobre as flexões da palavra – gênero, número, tempo, pessoa e grau).
Os sufixos flexionais, especialmente os que marcam a flexão de grau (aumentativo e diminutivo) são amplamente utilizados pelo falante. No entanto, nem sempre sua utilização relaciona-se à questão de variação de tamanho, pois além da sua função clássica, pode indicar valores e intenções, ou seja, a escolha dos sufixos indicadores de grau pode relacionar-se tanto à afetividade quanto ao desprestígio.
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