• Matéria: Artes
  • Autor: juliaavelardasilva
  • Perguntado 5 anos atrás

Além do Teatro de Arena, quais outros grupos teatrais fizeram críticas à realidade
do pais em seus espetáculos?

me ajudemmm​

Respostas

respondido por: luize122007
0

Resposta:

que pais foi , você poderia me dizer por favor pra min te dar a resposta


juliaavelardasilva: Brasil
juliaavelardasilva: Brasil
juliaavelardasilva: Brasil
gabrielnc2007: felho vai te cata
gabrielnc2007: vai toma no fiofo
respondido por: gabrielnc2007
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Em um processo investigativo envolvendo as interlocuções entre História e Literatura, História e Cinema, História e Artes Plásticas, História e Teatro, esta última ainda em proporções reduzidas, se comparada às pesquisas desenvolvidas nas áreas de Letras e de Artes Cênicas, o pesquisador deverá sempre estar atento a alguns pressupostos, pois, além das dificuldades que envolvem essa área de atuação, de acordo com Robert Paris, este profissional, ao contrário de seus colegas que, via de regra, recuperam originais inéditos nos arquivos, dificilmente será o primeiro leitor do documento selecionado. Esta observação é procedente já que, na maioria das vezes, este objeto de pesquisa está inserido em um sistema de referências que "já separou o joio do trigo", construindo assim uma hierarquia com relação às obras e aos autores. Diante dessa realidade, sem negar o valor estético das obras, caberá ao estudioso dar a elas um tratamento adequado aos procedimentos inerentes à pesquisa histórica, sempre sujeito a verificações posteriores.1

O enfrentamento do debate historiográfico permite reconhecer a presença de uma memória histórica,2 que produz um ordenamento das experiências artísticas, especialmente por meio de noções como moderno, político, universal, clássico, engajado, entre outras, que estruturam a hierarquia e a carga valorativa de obras e de autores. Assim, diante dos problemas apresentados, como desenvolver o trabalho ora proposto? Basicamente, o objetivo não é, em hipótese alguma, construir "Histórias de..."; ao contrário, a partir de romances, filmes, peças de teatro, etc., recuperar a historicidade inerente a eles. Devolvê-los ao seu momento e, concomitante a este, buscar constituir um diálogo possível, a partir de séries documentais que permitam uma maior inteligibilidade destes em relação ao processo vivenciado, assim como este fornecerá elementos que auxiliem na compreensão das especificidades do objeto estudado.

Esse cuidado tem sido o ponto de partida para a ampliação desse campo investigativo nas universidades brasileiras. Isso, sem dúvida, atesta a acuidade com que essa área de pesquisa vem se constituindo. Porém, é possível constatar, no âmbito específico das pesquisas, que cada tema e/ou objeto exige do pesquisador um grau de originalidade e de sofisticação no desenvolvimento do trabalho. Esta evidência expõe também um outro dado de extrema significação: o referencial teórico mobilizado pelo estudioso, na maioria das vezes inspira possibilidades e pistas, mas é somente no trato com a documentação que o diálogo entre historiador e o momento histórico selecionado se viabiliza.

Nesse sentido, esses embates teóricos e metodológicos com as manifestações artísticas têm permitido aos historiadores brasileiros construírem um importante repertório intelectual de investigação e de análise, relativo a destacados momentos de nossa História e Historiografia, com vistas a contribuir não só com a História Cultural do País, mas sobretudo com a pesquisa contemporânea.

Em meio a tais abrangências, o diálogo História e Teatro reveste-se de inúmeras implicações, dada a extensão e a diversidade do Teatro, tanto no Brasil quanto no exterior. Dessa feita, as análises, aqui propostas voltar-se-ão para o Teatro Brasileiro encenado durante a ditadura militar, que se tornou referência inequívoca para todos aqueles que se debruçam sobre as interlocuções entre Arte e Política. Dentre elas, uma das questões centrais que alimentam os estudos sobre as décadas de 1960 e 1970 é a seguinte: como construir os diálogos entre História e Estética?

Inicialmente deve-se recordar que a atividade teatral no Brasil é muito diversificada, possui inúmeras matrizes estéticas e teóricas, e geograficamente está dispersa pelo País, considerando que capitais como Porto Alegre (RS), João Pessoa (PB), Salvador (BA), Recife (PE), além de inúmeras cidades no interior dos Estados, abrigaram projetos artísticos e culturais de grande importância. Porém, dado o impacto que o eixo Rio de Janeiro – São Paulo tem em divulgar artistas e suas criações, além da força de seus veículos de comunicação, muitos profissionais e/ou companhias deixaram seus lugares de origem e fixaram suas sedes nessas cidades.3

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