"O SENHOR MEU MARIDO"
João era casado com Maria e moravam em barraco de duas peças no Juvevê; a rua de lama, ele não queria que a dona molhasse os pezinhos. O defeito de João ser bom demais - dava tudo o que ela pedia.
Garçom do Buraco do Tatu, trabalhava até horas mortas; uma noite voltou mais cedo, as duas filhas sozinhas, a menor com febre. João trouxe água com açúcar e, assim que ela dormiu, foi espreitar na esquina. Maria chegava abraçada a outro homem, despedia-se com beijo na boca. Investiu furioso, correu o amante. De joelhos a mulher anunciou o fruto do ventre.
João era bom, era manso e Maria era única, para ele não havia outra: mudaram-se do Juvevê para o Boqueirão, onde nasceu a terceira filha. Chamavam-se novas Marias: da Luz, das Dores, da Graça. Com tantas Marias confiava João que a dona se emendasse. Não foi que a encontrou de quimono atirando beijos para um sargento da polícia?
Triste a volta para casa, surpreendendo o sargento sem túnica pulando a janela. Na ilusão de que Maria se arrependesse, com as economias e as gorjetas de mil noites em pé! (ai! Pobres pernas azuis de varizes) [...]
Nesse fragmento, é possível identificar
a)o desenvolvimento de um enredo situado no tempo presente.
b)a atuação de um narrador onisciente como articulador do enredo.
c)a ausência de um conflito impossibilitando o desenvolvimento da história.
d)a presença de um narrador protagonista, que é o personagem João.
e)a menção a um espaço que pode ser caracterizado como rural.
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b
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