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Depois de estudar a doença, entendê-la, descobrir o agente causador e estudá-lo a fundo, começamos a trabalhar na vacina em si. Um dos primeiros passos é neutralizar ou atenuar o agente infeccioso, seja um vírus ou uma bactéria, após a sua identificação e a sequenciação do seu genoma, que é um processo rápido. Depois, é preciso perceber se os microrganismos atenuados são suficientes para permitir a produção de anticorpos capazes de proteger contra a infeção. Essa tarefa já é mais complexa e demorada.
Há três fases na produção de uma vacina e cada passo requer autorizações de entidades internacionais. Era de se esperar que existiriam muitas regras para cada e qualquer ação que envolve essa delicada tarefa do campo de saúde, nada mais justo do que haver um protocolo rigoroso. Ocorrem os testes feitos em animais e, logo após, avança-se para a etapa seguinte, que são os testes no ser humano. Pode ser tudo diferente.
A primeira fase é despistar a toxicidade, qualquer efeito adverso e colateral. Isso pode demorar um ano, no mínimo, haja vista que a vacina tem efeito preventivo que dura a vida inteira e isso requer o descarte de qualquer sequela.
Na segunda fase, testa-se a eficácia, se possível em diversos laboratórios, em países diferentes, o que pode demorar mais de dois anos. Tenta-se perceber se há um aumento de anticorpos no sangue prontos a responder ao ataque do agente patogénico. São esses anticorpos que impedem a entrada do que é perigoso e danoso nas nossas células, ou seja, que fazem a vacina ter efeito.
A terceira fase é igual à anterior, mas em larga escala, com muito mais voluntários. Os ensaios clínicos demoram anos.
Além da necessidade de todas essas etapas, é preciso reforçar de que muito dinheiro é gasto no processo, o que faz ser mais lento ainda. E ainda tem que não acertamos de primeira, é um processo de erros e acertos, tudo que funciona assim acaba demorando.
Então não se sabe ao certo qual é o tempo exato, mas varia dependendo da vacina e a complexidade da doença ou vírus.