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INDÍGENAS
A revolta dos povos autóctones do Canadá
Edição - 83
por Philippe Pataud Célérier
3 de junho de 2014
“Idle no more!” (“Basta de apatia!”): desde dezembro de 2012, essas palavras de ordem aglutinam, da Colúmbia Britânica a Nova Brunswick, as comunidades autóctones canadenses. Elas exigem justiça social, igualdade entre os sexos e respeito aos direitos territoriaisPhilippe Pataud Célérier
“Alimentem aqueles que têm fome! Comam os ricos.” Com esse cartaz em riste, cerca de quinze pessoas desfilam diante da entrada do Pidgin, um restaurante novo em folha em Downtown Eastside, “o código postal1 mais pobre do Canadá”, como dizem por aqui. Esse velho bairro central de Vancouver é atravessado por duas grandes artérias, as ruas Main e Hastings: “pain and wastings” (“dor e desolação”), ironizam os habitantes, entre os quais muitos autóctones. Habitualmente, cerca de quase mil sem-teto – com olhos assustados e passos mecânicos atrás das rodas de suas carroças – perambulam por esses quarteirões encravados entre os bairros turísticos de Gastown e Chinatown. Toxicômanos, alcoólatras, traficantes, prostitutas: a miséria social dos ameríndios é patente no centro da maioria das grandes cidades do décimo país mais rico do mundo.